Pirenópolis completa 290 anos de história

A cidade enfrenta o desafio de movimentar o comércio local durante dos dias úteis da semana

Postado em: 07-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A cidade enfrenta o desafio de movimentar o comércio local durante dos dias úteis da semana

Maria Antonieta Toledo e Raquel Pinho*

Atrair visitantes de outras regiões o desafio que vive hoje Pirenópolis, um santuário natural e colonial que conquista seus visitantes. Mas seu maior fluxo é composto pelo turismo doméstico, formado por visitantes do eixo Goiânia/Brasília, que aproveitam os finais de semana e feriados para usufruir dos atrativos locais. Com isso, comerciantes, pousadeiros e restaurantes tem dificuldade em manter ou aumentar as contratações formais.

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Segundo relatório elaborado pela Goiás Turismo, a média de estadias de hóspedes na cidade é de 2,3 noites, o que configura o pernoite de sexta a domingo, prioritariamente. Com isso, a cidade que tem no turismo sua principal fonte de renda, sofre com a escassez de turistas nos demais dias da semana, afetando consideravelmente o funcionamento de estabelecimentos no centro histórico, e de prestadores de serviço focados no oferecimento de entretenimento.

Conforme explica o secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Pirenópolis, Marcos Gomes Vieira, a cidade recebe em média 200 mil turistas ao ano, sendo que grande parte deles se concentra nos feriados e finais de semana.  “Um dos nossos desafios é buscar os turistas que estão mais distantes, e que se interessariam em ampliar sua estadia em nossa cidade. Somos muito impactados pelo turista doméstico, que é aquele que está próximo, portanto consegue usufruir os finais de semana”, explica.

O secretário pontua grandes avanços conquistados nos últimos tempos para a cidade, principalmente por meio de intervenções dos governos Federal e Estadual. “Estamos promovendo a qualificação do nosso trade, permitindo que os alunos possam atuar de forma profissional e colocar em prática aquilo que aprendem em sala de aula nas pousadas, hoteis, restaurantes e cafés locais”, diz.

Empregos

“A grande maioria dos bares e restaurantes que temos aqui em Pirenópolis só funciona de sexta a domingo, justamente por causa da falta de movimento de turistas nos dias de semana. Por isso fica complicado para os donos desses estabelecimentos contratarem empregados de maneira formal só para trabalhar nos finais de semanas ou feriados”, explica a micro-empresária Juliana Evangelista, que é proprietária de uma cafeteria na cidade.

Em sua cafeteria, o expediente só não funciona na quarta-feira, onde trabalham cinco funcionários formais. Mas, aos finais de semana, ela contrata outros dois diaristas para ajudar no atendimento. “Se houvesse um fluxo maior de turistas ao longo de toda a semana, poderia efetivá-los”, diz.

Mas há luz no fim do túnel. Um estudo da Universidade Metodista de São Paulo, aponta para o crescente interesse da população em conhecer as cidades brasileiras e suas belezas naturais, culturais e históricas, uma tendência que já começa a se concretizar. “Os municípios que prepararem para atender esse público certamente irão ganhar em desenvolvimento, emprego e renda para a população”, diz Josemar Borges Jordão, um dos empreendedores do Quinta Santa Bárbara Eco Resort, empreendimento hoteleiro que está sendo construído em Pirenópolis e que irá contribuir para aumentar a ocupação de meio de semana na cidade.

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