Economia colaborativa também está presente no transporte

Modalidade revoluciona realidade do transporte em vários países, inclusive no Brasil e em Goiânia

Postado em: 07-10-2017 às 17h30
Por: Márcio Souza
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Modalidade revoluciona realidade do transporte em vários países, inclusive no Brasil e em Goiânia

Mesmo diante de forte protestos de taxistas, o Uber acabou impulsionando
o surgimento de muitos outros aplicativos de transporte, mas ainda sim 54% dos
internautas brasileiros usam o serviço. Um deles é o publicitário Flávio
Freitas, de 30 anos, que há um ano decidiu vender o próprio carro e passar a se
locomover apenas por meio do transporte compartilhado.

“Fiz as contas e percebi que economizaria a metade de tudo o que gastava
com as despesas do meu carro, que não é só combustível, mas também inclui IPVA,
troca de pneus, manutenção e estacionamento”, contou.

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A popularização do aplicativo de transporte de passageiros Uber é um claro exemplo de como a economia colaborativa tem se tornado um caminho sem volta rumo a uma nova ordem mundial de consumo. A ideia moderna e ao mesmo tempo simples, de interligar quem precisa ir a algum lugar com alguém que pode compartilhar seu carro, revolucionou o serviço de transporte privado nas grandes cidades. 

Em Goiânia, além de uma taxa mínima de R$ 0,75, a tarifa do UberX,
categoria mais barata do serviço, tem preço base de R$ 2,50 e cobra R$ 1,20 por
quilômetro rodado e R$ 0,17 por minuto de viagem. O valor mínimo de uma viagem
no Uber é de R$ 6. O valor da taxa de cancelamento de viagem também é de R$ 6.

Para o empresário Pedro Ernesto, 32, a modalidade do Uber facilitou e
barateou a locomoção em veículos particulares. “Na minha opinião o mercado dos
taxistas precisa de uma concorrência mesmo, pois é muito caro andar de táxi.
Como eu não gosto de dirigir enquanto bebo, houve uma ocasião em que fui para
uma festa e paguei R$ 21 indo de Uber, já na volta optei pelo táxi que me
cobrou R$ 65, ou seja, mais que o triplo do valor”, disse Pedro.

Já para Gabriel Fiorini, de 21 anos, o Uber foi uma oportunidade de
renda há cinco meses. Ele decidiu ingressar na modalidade devido a
possibilidade de fazer seus próprios horários e poder aliar com outras
atividades. “Além de ser Uber, trabalho como garçom em eventos esporádicos e
auxiliar de hotel. Hoje, o Uber é atualmente o responsável pela maior parte do
que ganho por mês”, afirma.

Regulamentação

Pressionados pelos taxistas e empresas de rádio-táxi, que antes
dominavam esse setor do transporte individual privado, prefeituras em todo o
País e mesmo o Congresso nacional estuda a regulamentação desses serviços.

Em abril deste ano a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL)
5.587/2016. Pelo texto aprovado pelos deputados, que agora tramita no Senado
como Projeto de Lei da Câmara (PLC) 28/2017, o licenciamento para o serviço
também passaria a ser obrigatório para os motoristas que trabalham com
aplicativos de transporte.

“O texto-base era bom, mas emendas que foram colocadas transformam um
sistema eficiente, baseado em tecnologia, em um transporte privado que não faz
sentido hoje”, avalia porta-voz da Uber, Fabio Sabba. Já do lado dos taxistas,
a alegação é que a lei irá levar mais equilíbrio na concorrência entre esses
serviços.

A Uber Tecnologia foi criada oficialmente como empresa em junho de 2010,
na cidade de São Francisco, no Estado da Califórnia (EUA). Hoje, o serviço está
presente em mais de 480 cidades e em 77 países. No Brasil, o Uber chegou durante a Copa do
Mundo de 2014, no Rio de Janeiro e, atualmente, já são mais de 65 cidades brasileiras
e 13 milhões de usuários por aqui.

Foto: Reprodução

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