População de crianças em Goiás cai, mostra projeção

Com base em censos demográficos do IBGE, a projeção para Goiás e para o Brasil é que ocorra uma redução na participação das crianças em relação ao total da população

Postado em: 10-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: População de crianças em  Goiás cai, mostra projeção
Com base em censos demográficos do IBGE, a projeção para Goiás e para o Brasil é que ocorra uma redução na participação das crianças em relação ao total da população

O Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), traçou um panorama da infância em Goiás, comparando indicadores sociais para os menores de 14 anos de idade. Com base em censos demográficos do IBGE, a projeção para Goiás e para o Brasil é que ocorra uma redução na participação das crianças em relação ao total da população. No ano 2000, o porcentual de crianças na população geral era de 30%. Para 2030, a estimativa é de cerca de 17% em Goiás e de 18% na média brasileira.

De acordo com o estudo do IMB/Segplan, realizado pela técnica Tallyta Carolyne Martins da Silva, atualmente Goiás possui cerca de 6,8 milhões de habitantes, sendo que 22% são crianças, o correspondente a 1,47 milhão de habitantes. Desse total, 50,5% são do sexo masculino e 49,5% do feminino. A maior parte das crianças mora na área urbana (91,48%), tem a pele na cor parda (60,34%), seguida de branca (34,61%), preta (4,64%), amarela (0,40%) e indígena (0,02%).

De acordo com a técnica do IMB/Segplan, os indicadores selecionados para se elaborar o informe técnico – Cenário da infância em Goiás – são importantes para avaliar e monitorar a situação goiana na garantia dos diretos das crianças. “O Dia das crianças, a ser comemorado no próximo dia 12 de outubro, é uma oportunidade não apenas de se presentear as crianças com brinquedos, mas principalmente, com afeto, cuidado e proteção”, disse Tallyta Silva.

Continua após a publicidade

Cenário

Um tópico imprescindível no contexto da infância é a educação. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2015, 75,8% das crianças goianas frequentavam a escola ou creche. A Avaliação Nacional da Alfabetização, de 2014, mostrou que as crianças no 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública apresentaram desempenhos acima da média nacional nas três áreas avaliadas (leitura, escrita e matemática).

Goiás também apresentou desempenho melhor do que a média brasileira no item que avalia a situação da renda familiar das crianças entre 0 e 14 anos de idade. Porém, mesmo assim, o porcentual de crianças em situação de pobreza é elevado, chegando a 30% das que viviam com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a um quarto do salário mínimo mensal (R$ 234,00).

Ainda de acordo com a Pnad, dados de 2015, 68,1% dos domicílios goianos estavam em situação adequada de moradia. No que se refere à saúde, a taxa de mortalidade infantil em Goiás foi de 12,2 para mil nascidos vivos, um pouco abaixo da média nacional, de 12,4.

No quesito de acesso à cultura e lazer, segundo pesquisa Munic (2014), feita pelo IBGE, 97,6% dos municípios goianos possuíam equipamentos públicos esportivos. Porém apenas 28% dos municípios tinham centros culturais. O estudo do IMB/Segplan mostra também que as maiores violações contra crianças e adolescentes em 2016 são por negligência dos próprios responsáveis, relacionadas à ausência ou ineficiência no cuidado, violência psicológica (23,47%), violência física (21,22%), violência sexual (11,72%) e exploração do trabalho infantil (3,98%).

Veja Também