Com exigência do passaporte vacinal, UFG amplia atividades no próximo dia 7

A UFG vai exigir a apresentação de passaporte vacinal para a comunidade universitária – professores, estudantes e funcionários-administrativos – e também para visitantes

Postado em: 03-03-2022 às 07h54
Por: Felipe Cardoso
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A UFG vai exigir a apresentação de passaporte vacinal para a comunidade universitária – professores, estudantes e funcionários-administrativos – e também para visitantes | Foto: Reprodução

Mesmo com problemas de falta de manutenção nos prédios e orçamento baixo, a Universidade Federal de Goiás (UFG) amplia as atividades a partir do próximo dia 7 e irá exigir o passaporte vacinal dentro da instituição. Os alunos terão atividades híbridas, ou seja, disciplinas oferecidas de modo presencial ou remoto, dependendo se for teórica ou prática, ou por decisão do docente.

De acordo com a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, os dados epidemiológicos com relação à Covid-19 estão superados nesse momento e as atividades presenciais podem retornar de forma segura, seguindo os protocolos de segurança. “Não haverá mais adiamento e nós mantemos para o dia 7 o retorno, além de novas vagas no primeiro semestre letivo”, informa.

A instituição publicou uma portaria que estabelece as orientações para a implantação do comprovante de vacinação contra a Covid-19. A norma inclui tanto a comunidade universitária – estudantes, técnicos-administrativos, docentes e colaboradores – como o público externo, os visitantes. Todos vão precisar apresentar um documento que confirme que estão devidamente imunizados contra a Covid-19 para acesso e circulação nas dependências da UFG.

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O Supremo Tribunal Federal (STF), em sua última decisão, em 31 de dezembro, suspendeu a decisão do Ministério de Educação (MEC) que proibia a exigência do passaporte vacinal, ou seja. Agora, está valendo a resolução aprovada pelo Consuni, o conselho deliberativo máximo da Universidade, que permite a exigência do passaporte da vacina. 

O juiz federal Jesus Crisóstomo de Almeida alegou que “a exigência do passaporte de vacinação para Covid-19 para ter acesso às dependências da UFG envolve medida necessária para resguardar a saúde da comunidade universitária” e que “comportamentos negacionistas de uma minoria não podem se sobrepor ao interesse maior na proteção da vida e da saúde”.

Critérios 

A comprovação da vacinação deverá estar em conformidade com o ciclo vacinal, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra Covid-19, do Ministério da Saúde (MS). Os colaboradores terceirizados deverão apresentar o comprovante às empresas contratadas pela UFG.

De acordo com a Universidade, serão considerados comprovantes de vacinação contra a Covid-19 os seguintes documentos oficiais: comprovante, caderneta ou cartão de vacinação impresso em papel timbrado, emitido no momento da vacinação por instituição governamental brasileira ou estrangeira; e Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, do Ministério da Saúde, disponível na plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS), Conecte SUS.

O acesso da comunidade universitária e do público externo com contraindicação da vacina da Covid-19 poderá ocorrer mediante apresentação de atestado médico que justifique essa condição. O envio do comprovante de vacinação dos estudantes do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicado à Educação (Cepae), ou do atestado médico que justifique a contraindicação, será realizado por formulário eletrônico padronizado disponibilizado no site

Orçamento 

O corte de orçamentos nos últimos anos tem sido um grande problema para a comunidade acadêmica, ressalta a reitora. Para este ano, ela estipula como meta a recomposição do orçamento. A reitora da UFG explica que, embora tenha tido aumento em relação ao ano de 2021, não é comparável. “Não estávamos com atividades presenciais previstas e todas as universidades terminaram o ano com dívidas em função do corte orçamentário”, afirma Angelita Pereira de Lima. 

Atualmente, a instituição tem recebido o valor de R$ 70 milhões para custeio, mas em 2015 era o dobro. “Temos vários problemas com manutenção por falta de orçamento acumulado nos últimos anos”, aponta.

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