Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Pesquisa do governo indica que 67% da malha rodoviária têm boas condições de uso

Do restante, 20% está em situação regular, 7% em situação ruim e 5% em estado péssimo. O resultado é relativo ao quadro geral das rodovias no primeiro semestre de 2017

Postado em: 14-10-2017 às 13h45
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Pesquisa do governo indica que 67% da malha rodoviária têm boas condições de uso
Do restante, 20% está em situação regular, 7% em situação ruim e 5% em estado péssimo. O resultado é relativo ao quadro geral das rodovias no primeiro semestre de 2017

O governo federal criou uma forma
de monitorar a situação de conservação das rodovias sob sua administração.
Segundo o Indicador de Qualidade das Rodovias Federais (ICM), 67% da malha
estão em boas condições. Do restante, 20% está em situação regular, 7% em
situação ruim e 5% em estado péssimo. O resultado é relativo ao quadro geral
das rodovias no primeiro semestre de 2017.

Essa foi a primeira edição da
pesquisa, realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT). A segunda está prevista para o início de 2018. A expectativa é que, a
partir do ano que vem, as edições passem a ser produzidas trimestralmente.

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O levantamento foi elaborado por
uma equipe de 80 engenheiros, divididos em 35 equipes. Foram analisados os 52
mil quilômetros que compõem a malha viária federal. Não estão incluídas as
estradas estaduais e as rodovias federais concedidas a outros entes públicos ou
privados para exploração.

Os pesquisadores verificaram as
condições do pavimento, identificando falhas como buracos, trincamentos,
remendos, sinalização e roçada (altura da vegetação). As vias consideradas
“boas” precisam apenas de manutenção rotineira. As “regulares” demandam
conservação leve, enquanto as “ruins” e “péssimas” necessitam de
ajustes pesados.

Manutenção

A manutenção de rodovias
federais, quando não estão sob concessão, é feita por meio de empresas
contratadas pelo governo federal. De acordo com o DNIT, atualmente são 281
contratos de conservação (reparos mais pontuais, como tapar buracos), 113 de
restauração e manutenção (restauração inicial maior com manutenção posterior) e
nove de restauração (manutenção mais pesada).

Dos 52 mil quilômetros de
rodovias federais analisados, 4,8 mil não estão cobertos por contratos de
manutenção. Nesse total estão vias e trechos em boas e péssimas condições. O
DNIT não soube informar quantos trechos considerados ruins ou péssimos estão
sem serviço de manutenção contratada.

Para Rodrigo Portal, coordenador
de Programação e Serviços do órgão, a redução de investimentos têm limitado a
garantia da conservação de parte dos trechos. “Como estamos com restrições
orçamentárias, temos de diminuir as obras. Não é por falta de contrato, mas de
orçamento. Às vezes ficamos de mãos atadas”, afirmou.

Estados

Os estados coms rodovias federais
em melhores condições são Amapá (98% em bom estado), Bahia (82%), Roraima
(82%), Distrito Federal (85%) e Piauí (83%). Em pior situação estão Acre (32%),
São Paulo (43%), Mato Grosso do Sul (53%), Sergipe (56%) e Ceará (56%).

Essa diferença entre estados não
significa desempenho dos governos estaduais, uma vez que a responsabilidade
pela conservação é do governo federal. O índice de todos os estados está
disponível no site do DNIT. O órgão também disponibiliza um mapa georreferenciado
para os motoristas que desejem saber a situação de alguma rodovia.

Rodrigo Portal informou que é
preciso considerar nos dados por estado a diferença no número de quilômetros de
rodovias em cada unidade da Federação.

“O Amapá está na frente, mas grande
parte da malha deles não é pavimentada. São paulo tem pouco mais de 100 km e,
se tiver um trecho, o ICM vai lá para baixo. Estados maiores, como Bahia, Minas
Gerais e Rio Grande do Sul, apesar de estarem na frente, a extensão de trechos
com problema é maior do que a de São Paulo”, concluiu. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Valter Companato/Agência Brasil

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