Funcionários da Educação de Aparecida de Goiânia paralisam atividades nesta quinta-feira (10)

A paralisação é motivada, entre outros fatores, pelo não cumprimento do reajuste de 33% do piso salarial

Postado em: 10-03-2022 às 08h41
Por: Redação
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A paralisação é motivada, entre outros fatores, pelo não cumprimento do reajuste de 33% do piso salarial | Foto: Pedro Pinheiro

Por Sabrina Vilela

Professores da rede municipal de ensino de Aparecida de Goiânia paralisam as atividades, hoje (10), em 40 instituições de educação. Os servidores farão um ato em frente à sede da Prefeitura, hoje, a partir das 9 horas. A paralisação é motivada pelo não cumprimento do reajuste de 33% do piso salarial, atraso no pagamento de progressões desde 2013, quinquênios atrasados, necessidade de reformas em unidade de ensino e ausência de concursos públicos.

 A decisão de paralisação das instituições de ensino – centro municipais de educação infantil (Cmeis) e escolas municipais de educação infantil (Emeis) – ocorreu no dia 3 de março, durante uma reunião on-line realizada com a participação de 100 professores. Na tarde de ontem, foi realizada uma reunião entre o comando de greve e a Prefeitura de Aparecida, entretanto os servidores municipais não recuaram da decisão de paralisar as atividades.

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Na carta aberta divulgada pelo Comando de Luta pela Educação de Aparecida de Goiânia, grupo responsável pela organização da paralisação, foram divulgados os problemas que assolam os centros estudantis, como salas que não suportam a capacidade de alunos; necessidade de reparos em vidros quebrados, paredes rachadas e infiltrações; banheiro que supre a necessidade do número de alunos e sem adaptação para pessoa com deficiência; entre outros.

Frederiko Luz Silva, professor de uma das instituições que estão paradas e membro do Comando de Luta pela Educação de Aparecida de Goiânia, reclama que as prefeituras já receberam parte do recurso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

“Não tivemos reajuste salarial em 2020 e 2021 por conta da pandemia e achamos muito injusto que isso ainda tenha sido feito este ano. As prefeituras já receberam a primeira parcela do Fundeb, que deve ser utilizada com gasto de pessoal. Não há motivo para não realizarem o reajuste’’, explica o professor.

O educador se posiciona ainda sobre prazos e defende a grave. ‘’ Acontecerá uma assembleia em frente à Prefeitura de Aparecida para a categoria fazer esses encaminhamentos. Pessoalmente, sou contra dar prazo, pois são demandas urgentes e já com enormes atrasos. No caso do piso salarial, deveríamos ter recebido com o reajuste de 33% já no final de janeiro, assim defendo que avancemos para uma greve’’, afirma.

As instituições municipais de ensino irão paralisar parcialmente ou integralmente as atividades. No caso da Escola Municipal Ari Caetano da Costa, será integral. O diretor da escola, Delson Vieira, defende que a paralisação é importante porque, na concepção dos professores, é a maneira de buscar o efetivar o pagamento do piso nacional.

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