Rótulas travam trânsito em Goiânia

Wilton Morais*

Na próxima semana, Goiânia fará mais um aniversário, mesmo assim, problemas antigos ainda refletem no trânsito da cidade. As antigas rotatórias, por exemplo, fazem parte dos aspectos que param a cidade, quando se fala no trânsito. Na maioria dos casos, a solução poderia ser a substituição das mesmas por semáforos, outros casos há a necessidade de estudos mais elaborados, para garantir a fluidez do trânsito. 

A reportagem do O Hoje contabilizou quatro locais com rotatórias onde em horários de pico, o trânsito da Capital fica travado. O primeiro local é a rótula localizada atrás dos Correios, na Avenida Transbraliana, com a Avenida 4º Radial e Avenida São Paulo, no Setor Serrinha. É quase impossível passar pela região em horários de pico.

Na Praça da Feira, no setor Parque Amazônia, o problema no trânsito é na Avenida Dona Ana Nunes de Morais e Av. Senador José Rodrigues de Morais. No local, o horário do rush é o momento de maior dificuldade para os motoristas. O mesmo também acontece nas duas rótulas da Avenida Alexandre de Moraes, na Vila São Tomaz, atrás do Buriti Shopping. 

Problemas

Já no setor Jardim da Luz, próximo a Vila Redenção, o problema é perceptível na Avenida Alameda do Contorno com a BR-153. A ciclista e funcionaria publica, Any Rodrigues, relata como é atravessar a Avenida Contorno, próximo a rotula. “Tem dia que gasto de três a quatro minutos para atravessar. É sempre complicado. Às vezes presencio uma batidinha por aqui”, relatou. 

Às 15h30 da tarde, Any considera que o trânsito ainda é “leve” no horário que ela sempre atravessa a via. “Provavelmente, se tivesse um semáforo, ficaria mais fácil. De bicicleta é ainda mais complicado. Os motociclistas competem a calçada com a gente”, disse. 

Já o soldador, Werley de Paula Dias, que trabalha em frente a rótula da Avenida Contorno, considera que os piores momentos para se passar pela via é em horário do rush. “Diariamente acontecem acidentes aqui. Principalmente no período de início da manhã e final da tarde. Fica tudo parado. Há algum tempo, um carro bateu e até pegou fogo”, relatou. “Um dos problemas aqui, é que antes de passar por baixo do viaduto, a via da rótula enlarguece e logo se estreita novamente. Isso é motivo de acidentes”, complementou.

No mesmo local, o fluxo de carretas também é intenso. “Há três acidentes por dia. Outros dias não acontecem nenhum”, disse Werley. Na Avenida Contorno, conforme os entrevistados, a implantação de um semáforo poderia aliviar os congestionamentos. “Ou até poderiam fazer outro viaduto. Aqui tem movimento para dois viadutos”, considerou o soldador. 

Para o mecânico, Eduardo Ferreira, os longos congestionamentos impedem até os motoristas de pararem no comércio próximo a Avenida. “Não sei como seria se fosse uma rua parada. Mas aqui, se os carros não podem parar, porque os motoristas não sabem a hora que conseguiram sair daqui é muito complicado. O trânsito muda muito rápido, pode congestionar muito. Se houver uma batida pode ficar tudo travado. Você para aqui e fica preso”, considerou. 

SMT realiza estudo nas rótulas de Goiânia 

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT) esclareceu que o atual secretário municipal de trânsito, Luis Fernando Santana, determinou que fosse realizado um estudo em todas as rotulas de Goiânia, que apresentam algum problema na fluidez do trânsito. 

O estudo ainda esta em andamento e determinará o tipo de obras ou modificação que devem ser realizadas nas rotatórias da Capital. 

A respeito dos quatros pontos apresentados pelo O Hoje, a SMT informou que em alguns se trata de lugares de divisa entre cidades, e por tanto, as mudanças devem ser discutidas entre os municípios. Já outras áreas dizem respeito ao Bus Rapid Transit (BRT), e por isso devem passar por mudanças à medida que as obras do BRT andarem. 

Logo após assumir a SMT, o secretário Fernando Santana, solicitou à engenharia da pasta um estudo para substituição das rotatórias que estiverem saturadas por semáforo. Desde junho estão sendo realizados levantamentos em diversos pontos da cidade. O projeto é para o próximo ano e deve começar paulatinamente. 

A Secretaria diz que a rótula atrás dos correios na Avenida Transbraliana, com a Avenida 4º Radial e a São Paulo no Setor Serrinha faz parte das obras do projeto do BRT e, portanto, depende da retomada dos trabalhos. Já a estrutura na altura do Jardim da Luz, com Vila Redenção, na BR-153 com a Alameda do Contorno trata-se de uma obra do Departamente Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit), a SMT tem uma reunião programada para discutir o problema com o órgão.

Na Praça da Feira, Parque Amazônia entre as Avenidas Dona Ana Nunes de Morais e a Senador José Rodrigues de Morais fazem parte de um objeto de estudo que está em andamento pela Secretaria. Já nas duas rótulas da Avenida Alexandre de Moraes, atrás do Shopping Buriti, Vila São Tomaz, a SMT garante que vai entrar em contato com SMTA, de Aparecida de Goiânia, para uma parceria de estudo, projeto é possível execução de alterações. A decisão deve ser conjunta entre Goiânia e Aparecida por se tratar de área de divisa de municípios. 

(Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian)