Durante aula sobre educação sexual, menina faz denuncia de abusos feitos pelo marido da avó

O responsável foi condenado a 14 anos de reclusão, em regime fechado

Postado em: 14-03-2022 às 15h47
Por: Augusto Sobrinho
Imagem Ilustrando a Notícia: Durante aula sobre educação sexual, menina faz denuncia de abusos feitos pelo marido da avó
O responsável foi condenado a 14 anos de reclusão, em regime fechado | Foto: Reprodução

Uma criança de oito anos denunciou um caso de estupro praticado pelo avô por afinidade, um idoso de 86 anos, durante as aulas sobre educação sexual em uma escola de Itumbiara. Nesta segunda-feira (14/03), o responsável foi condenado a 14 anos de reclusão, em regime fechado, pelo juiz Eduardo Peruffo e Silva, da 2ª Vara Criminal.

O idoso, que tinha uma união estável com a avó paterna da vítima, praticou os atos entre outubro de 2016 e fevereiro de 2017. Nesta época, a criança estava com sete anos e passava uma tarde na casa da avó e do companheiro dela a cada 15 dias. Durante as aulas sobre  educação sexual, a menina começou a chorar e revelou o caso.

A chamou a aluna professora para uma conversa particular, foi quando ela revelou em detalhes os estupros e indicou com precisão que o autor era o companheiro da avó paterna. A menina passou por exame psicológico, que concluiu que ela apresentava as características comuns às crianças submetidas à violência sexual.

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O juiz Eduardo Peruffo e Silva destaca que os crimes de estupro de vulnerável comumente ocorrem no ambiente doméstico, e os agressores são pessoas do convívio das vítimas, geralmente familiares, que utilizam de momentos a sós com os menores para praticar os atos e fala sobre a importância da educação sexual nas escolas. 

“A educação sexual é uma das formas mais eficazes de prevenir e enfrentar o abuso sexual contra crianças e adolescentes. Ensinar, desde cedo e com abordagens apropriadas para cada faixa etária, conceitos de autoproteção, consentimento, integridade corporal, sentimentos e a diferença entre toques agradáveis e bem-vindos, dos toques que são invasivos e desconfortáveis, é fundamental para aumentar as chances de proteger crianças e adolescentes de possíveis violações”, afirmou.

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