Colettiva Preta reúne afro-indígenas empreendedoras para exposição; confira detalhes

Projeto tem como objetivo gerir renda, ajudar na superação da vulnerabilidade econômica e valorizar negócios encabeçados por mulheres negras

Postado em: 16-03-2022 às 16h09
Por: Maria Paula Borges
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Projeto tem como objetivo gerir renda, ajudar na superação da vulnerabilidade econômica e valorizar negócios encabeçados por mulheres negras | Foto: divulgação

O projeto Colettiva Preta, produzido e idealizado por Renata Caetano, será a partir desta quinta-feira (17/3) até este sábado (19/3). A ação reúne 28 afro-indígenas empreendedoras, que protagonizam a gestão de micro e pequenos empreendimentos da economia criativa, moda, artesanato, gastronomia e produção cultural. A primeira edição acontecerá na Escola Sesc, em Goiânia.

Além da feira, o projeto conta com oficinas, apresentações e exposição multicultural de mulheres negras. O objetivo é gerir renda, ajudar na superação da vulnerabilidade econômica e valorizar negócios encabeçados por mulheres negras. A ideia surgiu “a partir da necessidade de gestar espaços e ações de enfrentamento ao racismo, e da superação dos efeitos provocados pela pandemia”.

A ação visa ainda criar oportunidades de recuperação econômica, por meio de geração de renda, difusão cultural que impacta diretamente empreendimentos gestados por mulheres negras, indígenas e periféricas. A proposta é que seja uma ação colaborativa de conexão ancestral, de força e encontro de potências que protagonizam processos de empoderamento, de emancipação econômica, política e social da população negra, principalmente mulheres.

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A expectativa é que o projeto tenha uma agenda permanente no formato de circuito Colettiva Preta em diversos espaços comerciais e culturais em Goiás. Com isso, a proposta pretende amplicar e se consolidar como “importante ação de fortalecimento da economia criativa, baseada no impacto socioambiental, para fortalecimento de negócios liderados por mulheres negras”.

Programação

Nesta quinta-feira, a exposição acontecerá das 14h às 21h. No primeiro dia, haverá a oficina Cultura e Estética Negra, a partir de 16h, que levanta reflexões a respeito dos temas na sociedade brasileira, ligado aos penteados, tranças e uso do Ojá, que possibilita diversas amarrações de turbantes.

No segundo dia, esta sexta-feira (18/3), a exposição irá acontecer no mesmo período do primeiro dia, ou seja, entre 14h e 21h. No local, o evento conta com o ‘Show na Varanda’, de Thayná Janaína, às 12h, e com o espetáculo Vozes Negras, às 20h.

O espetáculo Vozes Negras, foi criado para acompanhar a Feira das Pretas + e o grupo é composto por quatro artistas, sendo elas Milca Francielle, performance de Renata Caetano, com acompanhamento do músico Diego Amaral, além da coreografia, montada por Luciana Caetano. O roteiro traz à cena as manifestações afro-brasileiras e a base da parte musical tem como menção Elza Soares, ícone da música popular brasileira.

Já neste sábado (19/3), a exposição começa e termina um pouco mais cedo, das 10h às 18h. Durante o evento, haverá a oficina Produtos Pedagógicos, entre 9h30 até 12h30. A oficina foi pensada e construída a partir do diálogo com o docente, as práticas e métodos aplicados pelos educadores no processo de aprendizagem. A conversa gira em torno de como as relações étnico-raciais devem ser trabalhadas e aplicadas de forma didática, favorecendo um novo olhar sobre a temática.

Além disso, também no sábado, haverá o espetáculo “Dramas ao Cubo”, da Companhia Nu Escuro”, às 10h e às 16h; o Show na Varanda, de Thayná Janaína, às 12h; e o “Histórias do Conta Aí”, às 17h.

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