Região da 44 terá dicas de segurança

Marcus Vinícius Beck*

Funcionários e seguranças de shoppings da Região da 44, na zona norte de Goiânia, vão distribuir panfletos informativos que terão dicas de segurança para quem pretende visitar o polo comercial nos próximos meses. A ação, que é em conjunto com a Polícia Militar e Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), deve assegurar tranquilidade aos consumidores. Até o final do ano, estima-se que pelo menos três milhões de pessoas passem pelo pólo comercial – no último mês foram 600 ônibus, o que contabiliza 860 mil pessoas.

A aposentada Laeti de Souza Tavares, 67, que é natural do Paraná, afirma que pretende ir à Região da 44 no final do ano, quando virá visitar sua filha que mora em Goiânia. Para ela, que nunca passou pela famosa Rua, as roupas – e outras vestimentas – são bem mais em contas do que no sul. “Há uns dois anos, uma amiga viajou para Goiânia e disse que as coisas eram realmente mais baratas”, declara a aposentada, que deseja presentear a família com os utensílios que encontrar no pólo.

Segundo o presidente da AER44, Jairo Gomes, é preciso garantir segurança e fiscalização da região, que arrecada todo mês dez milhões aos cofres públicos em impostos. “O fluxo de compradores vem crescendo desde a segunda quinzena de setembro”, garante. Milhares de atacadistas, que vem de várias localidades do país, aproveitam para dar uma olhada no comércio. “Com isso, aumenta-se a circulação – não apenas de pessoas – mas, sobretudo, de dinheiro e mercadorias pela região”, frisou. 

Denominado de Operação Boas Compras 2017, o trabalho deverá ser feito pela 37° companhia da Polícia Militar, Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transporte (SMT) e Guarda Municipal. “Além do trabalho da SMT, que será responsável pelo patrulhamento do trânsito, o Batalhão de Trânsito vai averiguar a situação de veículos irregulares com documentação vencida ou denúncia de roubo e furto”, explica o major Omildo Ananias, que é da 37° CIPM. 

“O objetivo desse trabalho em conjunto entre Polícia Militar, donos de galerias, lojistas, Guarda Civil, SMT e Fiscalização Urbana é montar uma rede de segurança para coibir, especialmente, roubo e furto a transeuntes que são as ocorrências mais registradas nessa época na Região da 44”, esclarece Ananias. Já o Presidente da Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, José Eulálio Vieira, disse que a guarda continuará fornecendo apoio às ações de fiscalização da região. “O apoio ao trabalho da fiscalização continuará sendo feito”, acrescenta.

Polêmica

No início de setembro, comerciantes articularam manifestações contra o comércio ilegal, que estava crescendo na região. Na ocasião, os comerciantes reclamavam que era uma concorrência desleal, uma vez que eles arrecadavam impostos, e os ambulantes não. Com isso, o preço da mercadoria que era vendia pelos ambulantes estava abaixo do preço de mercado. O comércio da região da 44 conta com pelo menos 12 mil comerciantes. 

Questionada pelos comerciantes, a Prefeitura disse na época que era impossível fiscalizar a região sem ajuda da Guarda Civil Metropolitana. O embate entre ambulantes e comerciante é antigo e, desde do ano passado, quando aconteceu uma onda de protesto, os ambulantes já se concentravam nas calçadas. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)