Inquérito do MPF investiga se incêndio na Chapada dos Veadeiros foi criminoso

Fogo já consumiu 26% da área total do parque

Postado em: 27-10-2017 às 15h30
Por: Victor Pimenta
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Fogo já consumiu 26% da área total do parque

Diante de informações de que o incêndio na Chapada dos
Veadeiros é criminoso, o Ministério Público Federal (MPF) em Luziânia
(GO) cobrou esclarecimentos da Polícia Federal, do Parque Nacional da Chapada
dos Veadeiros e do município de Alto Paraíso de Goiás. Eles terão o prazo de
cinco dias para encaminhar informações ao MPF relacionadas ao incêndio.

As informações serão prestadas no inquérito civil para apurar
as causas ou o que contribuiu para o início ou avanço do incêndio de grandes
proporções que ocorre no Parque Nacional, instaurado ontem (26). O fogo já
consumiu 26% da área total do parque.

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Como um dos argumentos, o MPF destaca que o local foi palco
de intensa disputa judicial, especialmente no processo de ampliação do Parque
Nacional, que passou de 65 mil para 240 mil hectares. Uma das hipóteses que
circula nas cidades é de que o incêndio seja mantido por pessoas contrárias à
ampliação.

Como primeira providência, a procuradora da República Nádia
Simas Souza expediu ofícios à Polícia Federal, ao Parque Nacional da Chapada
dos Veadeiros e ao município de Alto Paraíso de Goiás.

O MPF solicitou à Polícia Federal informações atualizadas
sobre as medidas adotadas para a apuração de possíveis crimes relacionados ao
incêndio no Parque e se já há inquérito policial instaurado. Quanto à Alto Paraíso de Goiás, o MPF quer saber quais foram as
providências adotadas para que a situação de emergência declarada pela
prefeitura seja reconhecida pelo governo federal.

Em relação ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o MPF
quer informações sobre a instauração de procedimento administrativo para apurar
as causas ensejadoras do incêndio, se ele foi acidental ou proposital, sendo
que, nessa última hipótese, que aponte a existência de possíveis elementos de
informação que possam conduzir à sua autoria. 

Fonte: Agência Brasil (Foto: Valter Campanato)

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