Apenas 39% das crianças de 5 a 11 anos receberam a vacina contra Covid-19 em Goiás

A segunda dose só foi aplicada até o momento em 15% do total.

Postado em: 30-03-2022 às 17h57
Por: Rodrigo Melo
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A segunda dose só foi aplicada até o momento em 15% do total | Foto: Reprodução

Em Goiás, somente 39% das crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19. De um total estimado em 726 mil de crianças no Estado, somente 283,3mil receberam a imunização. A segunda dose só foi aplicada até o momento em 49,9 mil crianças nessa faixa etária, o que equivale a 15% do total, de acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).

O grupo de 5 a 11 anos foi incluído no Plano Nacional de Imunizações (PNI) no dia 5 de janeiro deste ano, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso da vacina Pfizer pediátrica em 16 de dezembro. As primeiras doses chegaram em 14 de janeiro em Goiás, a aplicação começou no dia 17 de janeiro nos municípios.

Ao jornal O Hoje, a gerente de Imunização da SES-GO, Clarice Carvalho, afirmou que não há previsão de uma campanha de vacinação pediátrica no Estado, mas “diversas estratégias estão sendo tomadas juntos aos municípios para aumentar a cobertura”. Ela ainda informou na campanha Dia “V” de Vacinação, realizada no dia 19 de fevereiro, apenas 3% da população infantil compareceu nos 750 postos espalhados no Estado.

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Fake News

Esse mês, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta sobre o desafio e a importância da vacinação infantil contra a covid-19 para conter a pandemia. A nota técnica atribui às fake news a responsabilidade por causar insegurança em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos.

Instituições de pesquisa como o Butantan e diversos cientistas brasileiros e de outros países já atestaram a segurança e eficácia da vacina contra a Covid-19 para o público infantil. Segundo a Fiocruz, os principais motivos para a hesitação em vacinar os filhos são o medo de reações adversas e a minimização da gravidade da doença em crianças.

O problema da disseminação de desinformação e informações falsas também foi apontado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), como uma barreira na resposta à pandemia no Brasil. A conclusão está no relatório Explorando debates online da Covid-19 e a poluição de informações na América Latina e no Caribe, lançado na semana passada, apenas em inglês.

Segundo o relatório, 25,8% das informações falsas que circularam na região entre 1º de outubro de 2020 e 13 de fevereiro de 2021, em inglês e espanhol, são relacionadas às vacinas. O documento aponta que, apesar de não terem sido analisados conteúdos em português, 22% dos brasileiros foram expostos a informações poluídas sobre vacinas em outras línguas. (Com informação da Agência Brasil)

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