Golpes no WhatsApp: mega operação prende 41 pessoas em cinco estados brasileiros

Os golpes eram praticados em pelo menos quatro estados brasileiros e já causaram prejuízo de mais de R$ 3 milhões a centenas de vítimas.

Postado em: 05-04-2022 às 10h03
Por: Ícaro Gonçalves
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Os golpes eram praticados em pelo menos quatro estados brasileiros e já causaram prejuízo de mais de R$ 3 milhões a centenas de vítimas | Foto: Divulgação/PCGO

Uma mega operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO), em parceria com a PC de São Paulo, Roraima, Minas Gerais e Pará, reuniu mais de 300 policiais nesta terça-feira (5/3) para o cumprimento de mandados de prisão contra 41 pessoas suspeitas de aplicarem golpes por Whatsapp. Segundo a PCGO, os golpes eram praticados em pelo menos quatro estados brasileiros e já causaram prejuízo de mais de R$ 3 milhões a centenas de vítimas.

Foram sete meses de investigação para o desvendamento dos crimes, com os cruzamentos de informações em fontes abertas e fechadas por parte dos policiais. Ao todo, foram 41 mandados de prisões preventivas; 56 mandados de buscas domiciliares; bloqueios e sequestros de contas cadastradas em 41 CPF’s, além, de uma dezena de sequestros de contas em cripto ativos, ações deferidas pela Justiça e cumpridas pela Polícia Civil.

Como agiam os criminosos

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O caso começou a ser desvendado em agosto de 2021, em Presidente Prudente (SP), quando uma vítima procurou a 1ª Delegacia de Investigações Gerais da cidade afirmando ter sido lezada em R$ 34.391 por alguém que se passava por um familiar no WhatsApp.

Com o início do inquérito policial, em pouco tempo, descobriu-se que na verdade não se tratava de caso isolado. Outras dezenas de vítimas foram sendo catalogadas como pagantes enganadas pela mesma fraude eletrônica.

Com isso, a investigação passou a receber apoio da Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro). Apurou-se que os criminosos obtinham fotografias em rede social e aplicativo de mensagem de vítimas para, depois, entrar em contato com familiares próximos (amigos, sócios, etc – todos pesquisados em redes sociais) informando a troca do número de telefone.

Após isso, eles pediam valores (se passando pelos familiares) alegando estar com problemas no aplicativo bancário. Parte dos contatados faziam o pagamento e, apenas depois do encontro com os entes reais, descobriam o crime.

Prisões

Com o resultado das buscas realizadas nesta manhã, a polícia busca a identificação de outros comparsas, bem como novas vítimas e patrimônio ocultado no branqueamento de capital.

Todos os suspeitos presos permanecerão nos estados de origem e 10 deles serão indiciados pela prática do crime de estelionato eletrônico, falsidade ideológica, falsa identidade, integrar organização criminosa, além do ilícito de lavagem de dinheiro.

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