Quase 50 mil goianos empregados

Em Goiás, a última pesquisa do PNAD aponta que a taxa de desocupação no Estado foi estimada em 11%, uma redução de 1,7 pontos percentual em relação ao trimestre anterior

Postado em: 01-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em Goiás, a última pesquisa do PNAD aponta que a taxa de desocupação no Estado foi estimada em 11%, uma redução de 1,7 pontos percentual em relação ao trimestre anterior

Wilton Morais* 

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), em todo o País, apresentou taxa de desocupação de 12,4%, no trimestre entre julho e setembro de 2017. O índice apresenta recuo de 0,6 pontos percentual em relação ao trimestre entre abril e junho, deste ano, quando a taxa era de 13,0%. Em Goiás, a última pesquisa do PNAD aponta que a taxa de desocupação no Estado foi estimada em 11,0%, no período de abril a junho deste ano, uma redução de 1,7 pontos percentual em relação ao trimestre anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa referente a julho, agosto e setembro, por Estado deverá ser divulgada, ainda este mês.

Em Goiás, a redução no segundo trimestre representa 49 mil pessoas a menos na fila de espera por uma vaga de trabalho, de um total de 400 mil desempregados no estado. À nível nacional, a PNAD Contínua aponta 13 milhões de pessoas desempregadas, em todo o País. De acordo com a pesquisa; 91,3 milhões de pessoas estão ocupadas no fechamento do trimestre encerrado em setembro. Do número; 22,9 milhões trabalhavam por conta própria, apresentando um crescimento nacional de 1,8% na comparação com o trimestre anterior.

No segundo trimestre deste ano, a força de trabalho aumentou em 37 mil pessoas. Ou seja, em relação ao primeiro trimestre, cerca de 51 mil pessoas, que estavam fora da força de trabalho, passaram a procurar emprego.

Em todo o País, houve crescimento de 1,2% da população ocupada em relação ao trimestre anterior, mais 1,1 milhão de pessoas ingressaram no mercado de trabalho. O número representa elevação da população ocupada para os 91,3 milhões de pessoas empregadas.

Ocupação 

O economista Marcus Antônio Teodoro assegura que para o próximo trimestre, Goiás deve esperar um crescimento no número de ocupação. “A economia começa a tomar um crescimento. Isso fruto da redução da taxa de juros. E uma melhor expectativa, e com volta de empregos temporários ao fim do ano”, explicou. “Ainda não é o melhor cenário. Porém, está melhorando”, complementou.

Para aqueles que ainda estão buscando emprego, Marcus aconselha buscar qualificação. “O empresário procura maximizar o lucro. Então se entra um funcionário temporário, e se mostra interesse em querer crescer, o empregado que não pensa apenas no lado dele, e no do empresário também, a chance do empregado se tornas efetivo fica mais próximo da realidade”.

O economista acredita que Goiás ainda está na frente de boa parte dos entes da federação. “Sempre ficamos entre os cinco melhores. Ou os 10 melhores estados brasileiros. Por nossa localidade próxima a Minas Gerais, somos favorecidos. Nosso Estado tem incentivos fiscais. São muitos investimentos, que tornam possível a geração de empregos”, disse. Marcus acredita que Goiás ainda é imaturo, o que permite novas indústrias de virem para o Estado.

Na Região Metropolitana de Goiânia acontece uma expansão dos shoppings Centers. O economista assegura que esses locais são uma boa oportunidade para quem está iniciando os trabalhos. “Se o empregado quer uma expectativa melhor, o shopping pode até atendê-lo. Mas na maioria das lojas, o salário ainda é baixo. Ou seja, é preciso buscar outra coisa, para aqueles que têm interesse em salários melhores”, afirmou ao considerar o trabalho aos finais de semana. 

Há duas semanas, a vendedora Caline Dias iniciou os trabalhos em uma loja de cosméticos. A expectativa da vendedora é melhorar a renda futura, com a formação em marketing. “Eu trabalhava no Maranhão como supervisora de vendas. Em Goiânia eu fiquei agoniada, buscando empregos por dois meses”, disse Caline. 

A vendedora contou que Goiânia possibilitou os estudos atrelado ao trabalho.  “Foi uma tarefa difícil distribuir os currículos, nesses dois meses, mas eu entrei em grupos de emprego. Todos os dias há vagas. Eu estava em quatro grupos diferentes”. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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