Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Moradores em área de risco temem alagamentos

Locais contemplam 796 residências. 55 destas foram classificadas como de alto risco

Postado em: 07-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Locais contemplam 796 residências. 55 destas foram classificadas como de alto risco

Wilton Morais*

Na tarde de domingo (6), os efeitos da chuva em Goiânia trouxeram preocupação para os moradores dos bairros de áreas alagadiças, da cidade. Na Avenida Marechal Rondon, a ponte entre os setores São Luis e Crimeia Oeste, por exemplo, ficou interditado por seis horas. O nível do Ribeirão Anicuns, chegou ao ponto de transbordar, chegando a alagar residências. Para o coordenador da Defesa Civil de Goiânia, Francisco do Carmo Vieira, se as próximas chuvas que atingirem a Capital estiverem dentro do esperado não haverá riscos. Mas se ultrapassar, os limites de 10 milímetros, há riscos de alagamento. No domingo choveu 30 milímetros. 

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“No domingo, o alagamento foi devido a média de chuva elevada. Mas já voltou ao normal, na segunda-feira. Acreditamos que se vier quantidades elevadas de chuva, teremos problema. Estando dentro da média esperada por dia não teremos dor de cabeça”, explicou o coordenador. No domingo, a chuva foi mais intensa na região de Campinas, e região sul. 

Áreas críticas 

Apesar das 18 áreas, o coordenador da defesa civil explicou que as áreas mais críticas são na Vila São José, Setor Norte Ferroviário e Setor Novo Mundo. “O setor São José é margeado pelo Ribeirão Anicuns e Córrego Cascavel. Justamente na Vila São José, o córrego Cascavel deságua no Anicuns”, explicou. Já no setor Norte Ferroviário, as margens do córrego Capim Puba também oferecem risco crítico de alagamento.

“No Setor Novo Mundo 2, por causa do terreno instável pode haver problemas, por conta de alagamentos”, apontou Francisco. De acordo com a Defesa Civil, nestes locais, a atenção foi redobrada, pelo risco maior de alagamento. 

Manutenção

Ainda ontem (6), a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) interditou meia pista da ponte da Avenida Marechal Rondon para resolver o problema da via. “O problema era na cabeceira da ponte. O asfalto cedeu. A Seinfra então arrumou os dois lados, para acabar com o problema de uma vez por todas”, explicou o coordenador da defesa civil.  Uma obra na ponte já estava sendo realizada, antes da chuva, na quarta-feira (1º). O trabalho teve que ser refeito. 

No decorrer deste ano, a Prefeitura também removeu 60 toneladas de entulho e lixo das bocas de lobo da Capital. “Foi feito o trabalho de limpeza. Mas como a cidade teve um crescimento fora do normal, os sistemas de drenagem são insuficientes, para a quantidade de água da chuva. Então a Prefeitura tem feito um estudo para aumentar essa capacidade de drenagem e evitar os alagamentos”, considerou Francisco.

Ao todo, moram 1.357 pessoas nos bairros considerados de risco, em Goiânia. A Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh) é responsável por realizar o cadastro das famílias que moram nas áreas de risco, em um programa de habitação da Prefeitura. A pasta, juntamente com a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) também acompanha a situação dos moradores. Com os moradores de casas condenadas ou alagadas é realizada a retirada dos habitantes e encaminhados para abrigos provisórios. (Wiltos Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)  

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