Intervenção humana ainda é a principal causa de desastres naturais no mundo

No último ano, mais de 4 bilhões de pessoas perderam suas casas e ficaram feridas ou em situações de emergência por causa de catástrofes naturais

Postado em: 09-11-2017 às 14h10
Por: Victor Pimenta
Imagem Ilustrando a Notícia: Intervenção humana ainda é a principal causa de desastres naturais no mundo
No último ano, mais de 4 bilhões de pessoas perderam suas casas e ficaram feridas ou em situações de emergência por causa de catástrofes naturais

No último mês, na data 13 de outubro, foi comemorado o Dia
Internacional para a Redução de Desastres. A data é um lembrete do quanto ainda
temos que fazer para reduzir os danos ao meio ambiente e, consequentemente,
diminuir os desastres naturais. Dados da UNESCO, divulgados nesta data, mostram
que nas últimas duas décadas, mais de 4 bilhões de pessoas foram desalojadas,
ficaram feridas ou em situação de emergência e precisando de assistência
humanitária.

Segundo o coordenador dos cursos de Ciências Biológicas do
Centro Universitário Módulo, Prof. Dr. Franco Claudio Bonetti, a sequência
destes desastres tem acontecido com mais frequência ao redor do mundo
e está associada aos danos que o ser humano vem causando à natureza.

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“Sem dúvida, as ações antrópicas influenciam diretamente
estes efeitos, se não podemos afirmar com certeza que são as causadoras,
podemos determinar cientificamente que aceleramos o processo com o despejo de
poluentes no ar e nas águas, além do aumento da extração de matérias primas
para saciarmos nossa sede por novas tecnologias”, explica Franco.

Nos últimos 20 anos, mais de 1 milhão de pessoas morreram em
consequência de danos naturais. Apenas em 2016, 24,2 milhões de pessoas tiveram
que sair de suas casas por causa de catástrofes.

O planeta também bateu o terceiro recorde mundial consecutivo
de calor, com temperatura superior de 1,1°C com relação à média da era
pré-industrial, em 2016, como aponta a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O que resultou no alto volume de secas, incêndios florestais, inundações e
furacões provocados pelas alterações climáticas. Ainda conforme a OMM, o número
de catástrofes climáticas dobrou desde 1990.

O Acordo de Paris, adotado no final de 2015, é uma das
iniciativas para a redução de mudanças climáticas e destrates naturais. Até o
momento, conta com 168 países e tem como meta manter o aquecimento do planeta
abaixo dos 2°C (se possível de 1,5°C).

Já para um conhecimento mundial sobre a necessidade de
mudanças, o coordenador indica que devemos agir localmente para contribuir com
as mudanças globalmente, que é o chamado efeito borboleta: uma pequena ajuda
local, reflete numa grande consequência em outro lugar.  Para ele, a maior dificuldade está no
entendimento destas mudanças e o que elas acarretariam.

Conforme o professor, diminuir o consumo, o desperdício
e a produção de lixo, além de diminuir a retirada de matéria prima da natureza,
são as principais formas de não agredir o planeta e não aumentar a intensidades
dos desastres.

“Os processos naturais como as mudanças climáticas, o
derretimento do gelo nos polos e nos grandes picos ao redor do mundo, o aumento
do nível dos oceanos, a diminuição da quantidade de florestas e áreas verdes em
todos os continentes e o aumento da desertificação de áreas antes produtivas em
algumas regiões do planeta, podem mudar consideravelmente se cada indivíduo
contribuir na diminuição de consumo, e da retirada de matérias prima da
natureza”, conclui. 

Com informações do Centro Universitário Módulo. (Foto: Daniel Beltrá)

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