Pistolas defeituosas serão substituídas

Demonstrativos de localização de todas as pistolas aos auditores definiram recolhimento das armas com defeito

Postado em: 11-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Demonstrativos de localização de todas as pistolas aos auditores definiram recolhimento das armas com defeito

Marcus Vinícius Beck*

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As 2,5 mil armas das forças de segurança, do Estado de Goiás, da marca Taurus, que apresentavam defeitos já têm cronograma de substituição, após determinação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A investigação do MTE apontou falhas que provocaram mais de 20 acidentes envolvendo policiais, e já foi solicitado a troca de 500 pistolas da Polícia Civil. Os equipamentos seriam distribuídos para 256 municípios do Estado de Goiás.

A substituição dos equipamentos, conforme a auditoria Jacqueline Carrijo, deve começar na próxima terça-feira (14) e ser concluída em, no máximo, três dias. O demonstrativo de localização de todas as pistolas para os auditores foi o fator que definiu a data de início do recolhimento, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP).

Segundo Carrijo, há uma programação para alcançar os municípios do estado de Goiás, pois as armas apresentam insegurança e, além de tudo, podem causar acidentes fatais. Por isso, a ideia da Justiça é englobar cidades do interior do estado, já que vídeos mostram acidentes que ocorreram com a arma em julho de 2016. Na época, um policial do Batalhão de Choque chegou em um comércio e, ao descer do carro, a pistola, que estava na perna dele, disparou sozinha. Dois tiros atingiram o PM. 

Segundo o MTE, a empresa vendeu mais de duas mil armas para o Estado de Goiás, que atualmente estão em uso pela Polícia Militar de Goiás (PM). Para a auditora, os exemplares que foram adquiridos junto à Taurus são perigosos e, em quatro anos, causaram cerca de 23 acidentes com integrantes da corporação. Carrijo lembra que esse defeito pode pôr em risco a integridade física da sociedade. 

No último dia 1°, no centro da polêmica, a Taurus informou que foi notificada formalmente sobre a decisão do Ministério do Trabalho. Segundo o fabricante, não há evidências de que o armamento seria inseguro ou defeituoso. 

Recolhimento 

Não são fáceis como se imagina trocar os armamentos que apresentam defeitos. De acordo com auditores, as providências necessárias quanto à retirada dos exemplares estão sendo tomadas. Mas a Taurus, no momento que estourou os acidentes, chegou a rebater as afirmações do Ministério do Trabalho e Emprego, e disse que os equipamentos estavam em perfeito funcionamento. 

As armas foram comprovadas pelo Governo do Estado de Goiás em 2013 e custaram aproximadamente R$ 5 milhões. O comandante geral da PM, coronel Divino Alves, afirmou que a corporação ainda não definiu quando começará a substituição das pistolas. Porém, ele garantiu que o trabalho deve ser feito o mais rápido possível.

Visando agilizar o problema, o Promotor de Justiça, Marcelo Celestino, declarou que a solução precisa vir o quanto antes. Para ele, a empresa errou ao comercializar as amas, pois a população – própria corporação da PM e da Polícia Civil – estão inseguros com os equipamentos. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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