Leite, batata e tomate sobem mais de 10% e consumidor deve sentir no bolso; veja por que está tudo tão caro

Apesar de terem apresentado altas pequenas ou quedas em abril, alguns produtos se destacam pelos aumentos expressivos no acumulado de 12 meses

Postado em: 12-05-2022 às 11h07
Por: Alexandre Paes
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Apesar de terem apresentado altas pequenas ou quedas em abril, alguns produtos se destacam pelos aumentos expressivos no acumulado de 12 meses | Foto: Reprodução

Frutas e produtos básicos da alimentação tem puxado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, segundo dados divulgados na quarta-feira (11/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os nove grupos de produtos e serviços que o compõem, a maior variação (2,06%) e o maior impacto vieram do grupo Alimentação e Bebidas. Batata, leite, óleo de soja e farinha de trigo estão entre os que mais subiram.

Confira alguns alimentos que mais subiram em abril:

  • Batata inglesa (18,28%);
  • Morango (17,66%);
  • Maracujá (15,99%);
  • Couve-flor (13,25%);
  • Leite longa-vida (10,31%);
  • Tomate (10,18%);
  • Abobrinha (9,31%);
  • Óleo de soja (8,24%);
  • Farinha de trigo (7,34%);
  • Feijão carioca (7,10%);
  • Carnes (1,02%).

Apesar de terem apresentado altas pequenas ou quedas em abril, alguns produtos se destacam pelos aumentos expressivos no acumulado de 12 meses. A cenoura, por exemplo, caiu 4,61% no mês; mas, no ano, já acumula alta de 178%.

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Confira alimentos que mais subiram no acumulado de 12 meses:

  • Cenoura (178,02%);
  • Tomate (103,26%);
  • Abobrinha (102,99%);
  • Melão (82,46%);
  • Morango (70,39%);
  • Carnes (8,06%).

Segundo Matheus Peçanha, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os problemas climáticos foram o que mais contribuíram para esse cenário. “Nós temos presenciado uma soma de problemas climáticos desde 2020”, afirmou Peçanha.

O efeito La Niña perdurou ao longo do ano inteiro, culminando em uma inflação significativa nos preços dos alimentos e energia também são fatores que “justificam” esse aumento. Logo depois, uma série de outros problemas climáticos apareceu. As geadas impactaram a produção de café, açúcar e pastos — prejudicando especialmente a pecuária.

Posteriormente, as fortes chuvas também prejudicaram os pastos (consequentemente interferindo na produção de carne e leite) e, especificamente, os hortifrútis.

O especialista disse que outros acontecimentos acabaram potencializando as altas: “os elevados preços do diesel encarecem o custo do frete; a guerra na Ucrânia aumenta os custos de fertilizantes e do trigo acabam reduzindo a oferta interna e subindo os preços”, explica. “De modo geral, os custos estão sofrendo choques excessivos”, concluiu.

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