Lotes baldios de Goiânia podem virar área de lazer

Iniciativa visa criar áreas de lazer para os lotes que não estão sendo aproveitados na Capital

Postado em: 23-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Iniciativa visa criar áreas de lazer para os lotes que não estão sendo aproveitados na Capital

Marcus Vinícius Beck*

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Lotes vazios podem ter um novo destino em Goiânia. Isso porque um projeto de lei que pretende reaproveitá-los foi apresentado na última terça-feira (21) à Câmara Municipal. A intenção de aproveitar aproximadamente 100 mil áreas desocupadas da Capital e torná-las espaço de lazer para a população. No entanto, o Paço Municipal disse que “enquanto o projeto não chegar à prefeitura, não poderá comentá-lo”. 

O objetivo da iniciativa do vereador Elias Vaz (PSB) é construir praças infantis, quadras de esportes e algumas hortas comunitárias em vários bairros do município que tenham inúmeros terrenos baldios. Segundo o vereador, o passo a passo para a sanção do projeto será feito em conformidade com a prefeitura, que precisa aprovar a medida. “A ideia é que os donos criem uma destinação para as áreas não edificadas e, com isso, recebem um incentivo fiscal”, explica Vaz. “Ao invés de pagar ITU, que tem alíquotas mais altas, pagariam a alíquota do IPTU, que é de imóveis edificados”.

De acordo com o parlamentar, a proposta tem total respaldo do Plano Diretor de Goiânia, pois age em consonância com o que está previsto no documento e, por isso, é legítimo. O Plano prioriza, nas falas de Vaz, quem deseja contribuir com a preservação ambiental, arborização e ajardinamento em áreas privadas da cidade, já que o município apresenta pouca arborização e excessivos concretos. “As leis mais efetivas são discutidas com a sociedade”, afirmou. 

População

O Hoje conversou com algumas pessoas na tarde de ontem (22), e constatou que o projeto do vereador Elias Vaz divide opiniões. Para o vendedor Marco Polo, por exemplo, a iniciativa pode ser interessante, desde que seja colocada em prática, “o que é muito difícil de se esperar, já que moramos no Brasil”. “É uma medida importante que a cidade precisa, porque há muitos empresários que tem lotes que não possuem nenhuma função”, disse ele, acrescentando que a cidade possui inúmeros prédios sendo construídos. 

“Com o tempo, Goiânia vem perdendo cada vez mais o espaço de lazer e as áreas sociais. Isso, infelizmente, é uma realidade de nossa cidade”, afirma o vendedor, que é fã de “dar umas pedaladas” em sua bicicleta. Segundo ele, o único problema pode ser os frequentes assaltos que podem conta de várias regiões da Capital. “Não podemos caminhar, andar de bicicleta, quem dirá ficar nas áreas de lazer da cidade”, finaliza.

Além disso, o atendente de telemarking, Raphael Ribeiro, 22, teme que a população não possa aproveitar os vários lotes que podem vir a se tornar áreas de interesse social. “A ideia é interessante. Mas a gente fica com medo de jogar bola à noite, por exemplo”, reclama ele, que já foi assaltado quatro vezes, todas depois que o sol se pôs. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)  

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