Gusttavo Lima desabafa após investigação por shows em três estados
Investigado por shows contratados em três estados, o sertanejo Gusttavo Lima desabafou pelas redes sociais. “Nunca me aproveitei de dinheiro público”, declarou na noite de segunda-feira (30) pelo Instagram. As investigações ocorrem por apresentações marcadas que seriam pagas com dinheiro público em Conceição de Mato Dentro (MG), São Luiz (RR) e Magé (RJ). Em Minas, […]
Investigado por shows contratados em três estados, o sertanejo Gusttavo Lima desabafou pelas redes sociais. “Nunca me aproveitei de dinheiro público”, declarou na noite de segunda-feira (30) pelo Instagram.
As investigações ocorrem por apresentações marcadas que seriam pagas com dinheiro público em Conceição de Mato Dentro (MG), São Luiz (RR) e Magé (RJ). Em Minas, o acordo foi cancelado. Depois disso, o Ministério Público do Rio Janeiro (MP-RJ) iniciou uma análise sobre a apresentação na Baixada Fluminense.
Vale citar, Magé contratou, na última quarta (25), a apresentação do artista para o aniversário de 457 anos da cidade (8 de junho). O valor acordado foi de R$ 1,004 milhão.
As outras duas investigações são realizadas pelo Ministério Público de Roraima (MP-RR) para apurar a contratação de um show em São Luiz por R$ 800 mil; e em Minas, onde o MP-MG apura as contratações em Conceição do Mato Dentro, onde ele receberia R$ 1,2 milhão.
Desabafo
Pelo Instagram, Lima disse sempre trabalhou e que nunca foi beneficiado com dinheiro público. “Eu nunca me beneficiei de dinheiro público ou empréstimo. A minha vida foi sempre trabalhar, fiz quase 300 shows em 2019. Somos uma equipe gigantesca de colaboradores, que nos ajudam a subir sempre mais um degrau. Não compactuo com uso de dinheiro público, tenho meus impostos em dia.”
Ainda segundo ele, tem levado muitas pancadas. Ele comentou os cachês. “Todos os artistas fazem show de prefeitura. É sobre valorizar a nossa arte, é a nossa única coisa que temos para vender. Ganhamos dinheiro e pagamos nossas contas com isso. São mais de 500 funcionários que dependem de nós.”
E mais: “Não é por ser uma prefeitura que eu vou deixar de cobrar o meu valor. Eu também tenho minhas contas para pagar. Não é por fazermos música que precisamos receber menos”, argumentou.” Lima disse, ainda, que está sofrendo com perseguições na vida pessoal e profissional. “Estou cansado, quase jogando a toalha. É triste ser tratado como um criminoso, um bandido.” Ele chorou ao fim do vídeo. “Por favor, parem de me perseguir.”
O começo
O que desencadeou as investigações contra cantores sertanejos e seus shows com dinheiro público pelos interiores foi uma uma crítica do cantor sertanejo Zé Neto, parceiro de Cristiano, à Lei Rouanet em uma apresentação bancada com verba de prefeitura. O caso aconteceu em Sorriso (MT).
“Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet. Nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ para mostrar se a gente está bem ou mal”, disse em 13 de maio.
Ele tentou alfinetar a cantora Anitta, o que deixou as redes sociais em polvorosa. Em um dos comentários, o jornalista Demétrio Vecchioli informou que o sertanejo Zé Neto pode não usar a Rouanet, mas recebeu R$ 400 mil dos cofres públicos no show de Sorriso.
A repercussão fez com os valores de vários shows de sertanejos pelo País fossem vasculhados. Neto pediu desculpa pelo stories do Instagram após o ocorrido, mas não citou nomes. “Nunca, pela vida dos meus filhos, a nossa intenção foi incitar ódio. A gente quis expressar o lado de quem vive do agro, da roça. Peço desculpa a quem entendeu errado.”