Criminosos usavam ‘pó branco’ para dopar e roubar vítimas com transferências bancárias, em Goiânia

Os criminosos forçavam as vítimas a inalarem um “pó branco”, deixando-as dopadas. Depois, realizavam transações através dos aplicativos bancários instalados nos celulares.

Postado em: 07-06-2022 às 15h53
Por: Ícaro Gonçalves
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Os criminosos forçavam as vítimas a inalarem um “pó branco”, deixando-as dopadas. Depois, realizavam transações através dos aplicativos bancários instalados nos celulares | Foto: Divulgação/PCGO

Na última segunda-feira (6/6), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu uma mulher suspeita de ser integrante de uma quadrilha que atua em Goiânia fazendo sequestros e roubos por meio de transações bancárias. Segundo a PCGO, os criminosos forçavam as vítimas a inalarem um “pó branco”, deixando-as dopadas. Depois, realizavam transações através dos aplicativos bancários instalados nos celulares das vítimas, por meio de compras e PIX.

A prisão ocorreu em meio à Operação Hypnos, deflagrada pelo Grupo Antissequestro da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GAS/DEIC).

Como os criminosos agiam

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No último dia 27 de maio, por volta das 23h30, no setor Vila Nova, uma a vítima transitava em seu veículo quando foi abordada por três indivíduos. Um destes pulou na frente do veículo no instante em que ela fazia uma conversão na rua, o segundo entrou dentro no automóvel e ocupou o lado do passageiro e o terceiro sentou-se no banco de trás.

A vítima disse que, já dentro do carro, um dos homens segurou em seu pescoço, enquanto o segundo a obrigou a inalar um “pó branco”. Em sequência, exigiram que ela desbloqueasse o aparelho celular através da colocação da digital no visor.

Segundo a vítima, depois de terem desbloqueado o seu aparelho celular, ela ficou totalmente inconsciente e não se recorda mais do que aconteceu. Ao acordar, percebeu que os autores efetuaram diversas transações bancárias através do aplicativo bancário instalado no aparelho – cerca de R$ 6.000.

Após as transferências, os criminosos ainda levaram um aparelho celular, um relógio e uma jaqueta que estavam em posse da vítima.

A vítima denunciou o caso à Delegacia Estadual de Investigações Criminais. Com as investigações, foi possível identificar o líder do grupo, que já possuía passagens por crimes desta natureza. Munida de provas, a PCGO representou-se pela prisão temporária do investigado.

Nota da PCGO:

A divulgação da imagem do preso foi precedida nos termos da lei 13.869/2019, Portaria n.547/2021-PC e despacho do Delegado Chefe do Grupo Antissequestro, responsável pela investigação, notadamente porque o autuado é suspeito de praticar outros crimes desta natureza na capital, razão pela qual a divulgação de sua respectiva imagem poderá auxiliar no surgimento de novas vítimas que fizerem o seu reconhecimento.

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