Árvores caídas viram bancos e vasos

90% da madeira utilizada na mobília e manutenção de praças de Goiânia são reaproveitadas

Postado em: 01-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Árvores caídas viram bancos e vasos
90% da madeira utilizada na mobília e manutenção de praças de Goiânia são reaproveitadas

Wilton Morais*

Continua após a publicidade

Em períodos de chuva, a queda de árvores em cidades arborizadas como Goiânia é rotineira. Mas apesar dos transtornos, a Companhia Municipal de Urbanização (Comurg) tem reaproveitado praticamente todo esse material. De acordo com a Companhia, mais de 90% das árvores caídas na cidade são reaproveitadas virando bancos de praças ou vasos de plantas. A economia chega à casa dos R$ 100 mil, por ano.

Apenas neste ano, de janeiro até novembro, a Comurg utilizou as árvores como bancos e outros utensílios para 16 novas praças. “Tem praticamente um ano esse reaproveitamento. Os bancos eram feitos de ferro, ou cimento, em tempos passados. Basta se deslocar em uma praça mais antiga, para ver esse material. Apenas os parques mais novos são realizados trabalhos completamente com madeira. De janeiro até o fim de novembro, já trabalhamos em mais de 200 praças com esse material”, explicou o presidente da Comurg Denes Pereira Alves.

A madeira também foi reaproveitada na revitalização de 18 praças, ao longo do ano. Em outras 363, a madeira serviu como utensílio para manutenção do espaço público. “Todas as intervenções foram feitas onde era preciso. É considerável a economia. Todas as 363 receberam algum trabalho. Ou receberam bancos, ou os parquinhos tiveram manutenção”, esclareceu Denes.

Floreiras

A novidade nos últimos dias são as floreiras colocadas pela Companhia em bairros nobres da Capital. As floreiras são feitas com materiais que não são possíveis de reaproveitamento para móveis. O velho troco de árvores que duram até mais de 100 anos se tornam floreiras e dão vida aos plantios de espécies ornamentais.

Apenas com esse utensílio, a economia mensal da prefeitura, considerando que teriam que comprar vasos, é de R$ 5 mil. “Compraríamos em média 20 a 30 vasos mensais, com custo de R$ 150. Com as floreiras, essa economia é de aproximadamente R$ 5 mil por mês”, avaliou o presidente da Comurg.

O barman Marcos Miranda Costa considera que as floreiras impedem o pisoteio das plantas. “É muito bonito. E estão aproveitando os troncos das árvores. Esse tipo de ação deve acontecer sempre. Isso também evita o pisoteio na altura da grama. As pessoas passam por cima e não observam. A gente deve parar olhar essas coisas, sair da correria um pouco. E também impede que as pessoas joguem lixo no canteiro central. Em bairros periféricos deveriam ter também”, ponderou.

Entre as flores, as mudas destinadas ao espaço são mudas de Verbena, Camarão Amarelo, Onze-horas, Sálvia-azul, Camomila-romana, Camará, Sun Patiens e Vinca. Todas essas plantas são produzidas e cultivadas nos viveiros da própria Companhia. 

Canteiros feitos de pneus velhos  e madeiras dão novo visual para a cidade 

A Comurg tem aproveitado até os pneus velhos, colhidos pela cidade para dar um toque de criatividade nas praças e parques da cidade. “Recolhemos e estamos usando os pneus em praças também. Usamos para cercar o playgraund”, contou Denes.

Além dos canteiros e móveis, o presidente da Comurg conta que a Companhia tem utilizado uma cerca de madeira, de 30 á 40 centímetros, para evitar que o pessoal coloque carros, em cima da grama. “Nas administrações passadas, esse tipo de madeira, principalmente em tempos de chuva, quando a incidência de queda é maior, era vendida como lenha. Atualmente, ainda temos madeira que não serve, e são destinadas para lenha, mas vendemos apenas quando se trata de grande quantidade. Tudo deve ser reaproveitado”, ressaltou. 

O objetivo da companhia é aproveitar tudo. E o presidente determina, “se não tivéssemos esse trabalho de reaproveitamento teríamos que compra-los. Por esse motivo optamos por reaproveitar a madeira, que antes virava lenha”. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

Reaproveitamento  

16 construídas 

363 realizações de manutenção 

18 revitalizada

Total de 397 praças, em Goiânia 

 

Veja Também