Julgamento do assassinato de Valério Luiz deve durar cerca de três dias

Principal acusado, Maurício Sampaio está sendo julgado nesta semana, juntamente com outros quatro réus

Postado em: 14-06-2022 às 08h47
Por: Daniell Alves
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Maurício Sampaio está sendo julgado nesta semana, juntamente com outros quatro réus | Foto: Reprodução

O acusado de ser o mandante do assassinato do radialista Valério Luiz, Maurício Sampaio está sendo julgado nesta semana, juntamente com outros quatro réus. A sentença será dada após quase 10 anos da morte do radialista. Ontem (13) foi realizada uma audiência, que é continuação da iniciada em 2 de maio. No dia, a defesa de Maurício abandonou o plenário, alegando suposta suspeição do juiz e dos promotores que atuam no caso. 

Na manhã de ontem, a sessão teve início no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A expectativa é que o júri dure cerca de três a quatro dias. Após a defesa do acusado solicitar que o réu fosse julgado separado, o pedido foi negado pelo juiz Lourival Machado. 

Além disso, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) fez um comunicado afirmando que havia sido intimada para atuar em defesa do réu Maurício Sampaio, caso os advogados de defesa não comparecessem ao julgamento. Com o comparecimento dos advogados de defesa de Maurício, o defensor público deixou o plenário, pois não seria mais necessária sua atuação.

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Acusação 

Um dos primeiros ouvidos foi o delegado Hellyton Carlos de Miranda, como testemunha de acusação. Ele trabalhou na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) por sete anos. Conforme aponta o advogado, Maurício era o único desafeto de Valério. “As preocupações eram as críticas feitas contra os dirigentes do Atlético Goianiense durante o seu programa jornalístico. Ele conversou com a família que isso o estava preocupando”, relembra. 

Confiante 

Depois de diversos adiamentos das audiências, o advogado Valério Luiz Filho, filho da vítima, afirma que está confiante para que o julgamento finalmente ocorra. Por outro lado, também avalia que os últimos acontecimentos têm sido uma surpresa com relação ao júri. “Estão dispostos a correr altos riscos para ganhar mais tempo e não serem julgados. Mas espero que a Justiça exerça, hoje, um pulso firme para impedir qualquer tentativa de manobras”, reforça. 

De qualquer modo, Valério Filho pontua que a expectativa é a condenação de todos eles. “Temos confiança nas provas que foram juntadas, nas mais de 500 páginas de inquérito, as quebras de sigilo telefônico, as ligações entre os réus. O único motivo possível são as críticas que meu pai fazia ao Atlético”, afirma. 

O advogado também critica a demora para o julgamento do caso. “O processo penal brasileiro no que diz respeito aos crimes contra a vida é um procedimento longo. É uma situação irônica porque crimes que ofendem bens jurídicos menores chegam em um resultado mais rápido e aqueles que deveriam ter uma resposta pronta acabam se estendendo tanto e gerando esse desconforto social”, revela. 

O crime 

Valério foi morto no dia 5 de julho de 2012, quando estava saindo da Rádio 820 AM, onde trabalhava há época. Em fevereiro de 2013, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu que cinco pessoas participaram do crime. O inquérito possui mais de 500 páginas e mais um volume com provas técnicas contra os suspeitos.

De acordo com a investigação, Maurício Sampaio mandou matar Valério motivado pelas críticas que o radialista fazia à diretoria do Atlético, da qual Sampaio era vice-diretor na época. O júri popular já foi adiado em duas ocasiões. Uma delas foi em 2019, quando o juiz Jesseir Coelho de Alcântara pediu afastamento da presidência da comissão alegando motivos pessoais e que era “suspeito de continuar atuando para a concretização do júri popular, batendo contra todo o sistema processual”. (Especial para O Hoje).

Expressa

Valores de autotestes custam em média R$ 152 em farmácias goianas”, publicada na edição 5.688, do dia 10 de junho de 2022, o trecho “Nas Drogarias Pacheco, os valores sofrem variação significativa, podendo ser encontrado por R$ 66,53 ou por R$ 239,50” trazia uma informação errada de valor do produto, de acordo com a assessoria das Drogarias Pacheco. “O valor do nosso autoteste é R$ 66,53 [como informado na matéria]. O combo de três unidades do autoteste é vendido a R$ 146,70”, informou a empresa;

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