Procon aponta variação de até 276% em itens de festas juninas

A orientação é para que as pessoas economizem consumindo produtos de época

Postado em: 17-06-2022 às 08h09
Por: Daniell Alves
Imagem Ilustrando a Notícia: Procon aponta variação de até 276% em itens de festas juninas
A orientação é para que as pessoas economizem consumindo produtos de época | Foto: Reprodução

Após dois anos com os eventos tradicionais de festas juninas suspensos, o retorno exige cautela e pesquisa por parte dos consumidores. Pesquisa do Procon Goiás aponta variação de até 276% nos produtos típicos. A batata doce roxa e o leite de coco estão no topo do ranking dos vilões da pesquisa, com oscilações de 276,73% e 240,96%, respectivamente. Especialista aponta que a variação é normal porque são produtos sazonais, que são consumidos com
demanda maior em determinada época do ano.

Foram visitados 16 estabelecimentos em Goiânia entre os dias 6 e 9 de junho, e verificados os preços de 83 itens como fubá de milho, milho de pipoca, leite de coco, coco ralado, mistura para bolo, creme de leite, leite condensado, amendoim, canjica, paçoca, pé de moleque, condimentos, bebidas e itens de hortifrúti.

Essa variação foi encontrada no preço do quilo da abóbora moranga, cujo menor preço encontrado foi de R$ 2,98 e o maior de R$ 11,29 variação de 278,86%. O gengibre consta na pesquisa com variação de 188,91%. A pesquisa comparou os preços dos produtos pesquisados considerando mesma marca e mesmo peso.

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O mestre em Economia, Luiz Carlos Ongaratto, explica que os itens são de sazonalidade e o consumo é impulsionado nessa época. “É esperado esse aumento até porque houve crescimento na demanda e os consumidores estão dispostos a pagar mais caro para ter aquele produto. Então é uma questão mercadológica mesmo. Esse aumento ocorre agora e após os festejos os preços voltam à normalidade. O ideal seria que os consumidores comprassem antes”, aponta.

A orientação é para que as pessoas economizem consumindo produtos de época. “Muitas vezes aumenta o preço dos produtos que estão fora de época. A origem desse aumento se deve à escassez do produto no mercado. Os consumidores devem variar receitas e preparações para poder consumir. É normal que o valor de frutas e verduras oscile durante o ano por causa da época de produção”, afirma.

Receita de canjica pode oscilar 80%

Para auxiliar o consumidor a compreender a importância da pesquisa, o Procon Goiás preparou uma lista com os itens para o preparo de um prato tradicional das festas juninas: a canjica. Na receita vão seis ingredientes: canjica de milho, leite condensado, leite de coco, coco ralado, leite integral e canela em pó.

No preparo da receita, considerando os valores consultados durante o levantamento, o consumidor poderá pagar de R$ 22,54 – se optar pelos produtos mais acessíveis – até R$ 40,40, se optar pelos mais caros. A variação é de 79,24% , o que corresponde a uma diferença de R$ 17,86 em apenas uma receita.

Qualidade e higienização

A regra, mais uma vez, é pesquisar. “Neste caso, é interessante elaborar uma listinha com os produtos necessários antes de sair às compras e pesquisar em pelo menos três estabelecimentos. Se possível, fracione a compra, pois a economia será ainda maior.
Compare ainda os preços por marcas diferentes, pois no levantamento de preços realizado pelo Procon Goiás, foi encontrada grandes variações”, aponta o órgão.

Outro fator que deve ser levado em consideração é a qualidade dos produtos, bem como as informações contidas nas embalagens como identificação do fabricante, prazo de validade, ingredientes, peso e origem. Ao optar por comprar produtos a granel, também deve ser informada a data de validade do produto por meio de cartazes e a pesagem deve ser feita na presença do consumidor.

“Quando esses produtos estiverem expostos, devem estar protegidos de poeiras, insetos e etc. A higiene também é fundamental. Por isso, ao consumir esses produtos em quermesses, esteja atento à higiene do local, dos produtos e de quem está manuseando. A manipulação deve ser feita por pessoa com avental, luvas e cabelos presos e protegidos. No caso de balões, a orientação é para que não sejam confeccionados, nem comprados e muito menos soltos. A soltura de balões é crime, sujeito à multa e/ou pena de detenção”, alerta.

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