Análise do CAU informa que Parque Botafogo não é acessível a todos os cidadãos

Dentre as falhas encontradas, há a falta de rebaixo na calçada para a via de acesso à unidade, além do passeio possuir diversos obstáculos, como orelhão e poste

Postado em: 04-12-2017 às 14h00
Por: Victor Pimenta
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Dentre as falhas encontradas, há a falta de rebaixo na calçada para a via de acesso à unidade, além do passeio possuir diversos obstáculos, como orelhão e poste

O Parque Botafogo, localizado no setor Vila Nova, em Goiânia, não oferece acesso pleno a todos os cidadãos da Capital. É o que informa o 15º relatório técnico de acessibilidade realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO). Os dados foram divulgador por conta do Dia Mundial da Acessibilidade, celebrado no dia 5 de dezembro.

De acordo com o documento, não há rebaixo na calçada para a via de acesso à unidade, além do passeio possuir diversos obstáculos, como orelhão e poste, o que impede a circulação de cadeirantes; a
área de convivência, com mesas e bancos sombreados, somente tem acesso por
escada; e a quadra poliesportiva apresenta uma vala que impossibilita seu
acesso por portadores de necessidades especiais. A rampa do teleférico que leva
até o Parque Mutirama também não é acessível.

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Além do Parque Botafogo, a gerente técnica do Conselho,
Giovana Jacomini, tratará da Praça Cívica e da Secretaria Cidadã, em uma palestra
durante o Seminário Goiano de Acessibilidade, realizado pelo CAU nesta terça (05) e
quarta (06) no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), no setor
Jaó. 
O objetivo do evento é conscientizar e orientar arquitetos e urbanistas, engenheiros, profissionais do Direito e o público em geral, sobre a importância da acessibilidade dos espaços. 

Seminário

Na programação, também haverá uma palestra da conselheira do
CAU/SP Silvana Cambiaghi, que a convite do CAU/GO virá falar sobre Desenho
Universal. Segundo a arquiteta e urbanista, colocar o conceito do desenho
universal em prática garante espaços mais democráticos, uma vez que assegura
igualdade no acesso para todas as pessoas, independentemente de suas
diferenças.

“É fundamental garantir que, desde a formação universitária,
os projetos sejam concebidos contemplando a acessibilidade, ao invés de
acrescentá-la como um band-aid no projeto pronto”, afirma. “Seminários como
esse são muito importantes para conscientizar o profissional sobre suas
responsabilidades e aspectos legais do exercício da profissão”.

A programação contará também com palestras de profissionais
do Direito, com a advogada Tatiana Takeda, membro da Comissão dos Direitos da
Pessoa com Deficiência da OAB-GO, e a procuradora Maísa de Castro, coordenadora
e idealizadora da campanha “Ministério Público de Contas pela Acessibilidade
Total”. 

Além delas, a arquiteta Valquíria Guimarães apresentará sua metodologia
para planejamento de espaços acessíveis; e as arquitetas Simone Viana e Beatriz
Otto tratarão da acessibilidade nas construções históricas. Também falarão os
engenheiros Alex Cysneiros, membro da Comissão Técnica Permanente de
Acessibilidade e Inclusão da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e
Políticas Afirmativas de Goiânia; e Augusto Fernandes, coordenador de
Acessibilidade no Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

O seminário é uma realização do CAU/GO, em parceria com o
Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção
Goiás (OAB-GO), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-GO) e o
Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-GO). 

Com informações do CAU/GO. (Foto: Divulgação)

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