Goiás tem quatro casos notificados de varíola dos macacos, sendo um fora da capital

Os casos que apresentam os critérios de definição são caracterizados como suspeitos. Por meio de exames laboratoriais são confirmados ou descartar a doença

Postado em: 30-06-2022 às 15h14
Por: Rodrigo Melo
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Os casos que apresentam os critérios de definição são caracterizados como suspeitos. Por meio de exames laboratoriais são confirmados ou descartar a doença | Foto: Reprodução

A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) informou, nesta quinta-feira (30), que há quatro casos notificados de varíola dos macacos (Monkeypox) no estado. Trata-se de uma mulher de 43 anos, moradora de Goiânia, que teve contato com uma pessoa de outro município do interior de Goiás, que apresentava sinais semelhantes. As outras duas notificações são de contatos próximos da mulher investigada em Goiânia, monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal.

De acordo com a pasta, as amostras foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório de Saúde Pública (Lacen). A paciente e outras duas pessoas que moram na mesma casa, mas que não apresentam sinais e sintomas, estão isoladas e sendo monitoradas diariamente. Será feito o diagnóstico diferencial para outras doenças exantemáticas, e após a confirmação laboratorial, serão tomadas as medidas necessárias.

Enquanto o outro caso suspeito no interior do estado, a vigilância municipal repassou para o orgão de saúde local.

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Como é considerado um caso suspeito?

A SES-GO explicou que são considerados os seguintes critérios para definição de caso suspeito da varíola dos macacos:

  • Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda (lesões na pele como feridas, caroços e bolhas), única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia (inchaço nos linfonodos do pescoço) ou relato de febre.
  • Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas, ou vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico, ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
  • Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

Os casos que apresentam os critérios de definição são caracterizados como suspeitos. A partir de então, é desencadeado o processo de investigação por meio de exames laboratoriais para confirmar ou descartar a doença. O processo de investigação também contempla a busca ativa de contatos e o isolamento do paciente.

Casos confirmados no Brasil

O número de casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil chega a 37, segundo informações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. A secretaria confirmou ontem o sexto caso no estado. Agora, são cinco ocorrências na capital e uma na cidade de Maricá, no Grande Rio.

Já Minas Gerais confirmou o seu primeiro caso, um homem com 33 anos, que esteve na Europa no período entre 11 e 26 deste mês. Segundo a Secretaria de Saúde mineira, trata-se de um caso importado.

Segundo o Ministério da Saúde, São Paulo tem 28 casos confirmados. Somando-se os dois registros do Rio Grande do Sul e os do Rio e de Minas, o Brasil chega a 37 casos.

Preparo das equipes de saúde

A SES-GO aponta ainda que tem realizado capacitações rotineiras com médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde voltados à identificação, conduta a ser adotada, diagnóstico, tratamento e outros protocolos.

Uma dessas capacitações foi realizada nesta quarta-feira (29), com participação de especialistas da área de epidemiologia e vigilância laboratorial.

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