Mulher acusada de planejar morte de marido é condenada a 22 anos de prisão, em São Simão
O Tribunal do Júri de São Simão condenou Mônica a 22 anos e 4 meses de prisão pelo crime de homicídio.
Em sessão do Tribunal do Júri de São Simão realizada na semana passada, o Ministério Público de Goiás (MPGO) obteve a condenação de Mônica Fernandes da Silva e de Rafael Nunes Pinheiro pela morte de Edailton Luís da Silva, marido da ré.
Foi apurado que Edailton tinha um seguro de vida de R$ 26 mil e que, pouco antes de morrer, possuía mais R$ 13 mil de um acerto trabalhista. O promotor Fabrício Lamas, que ofereceu a denúncia na época, relata que, nesse contexto, Mônica confidenciou à filha que pretendia matar o marido, no que foi apoiada pela adolescente.
Esposa foi acusada de contratar capangas para matarem seu marido, enquanto dormia. A denúncia narra que Mônica e Edailton mantiveram um relacionamento amoroso por aproximadamente 1 ano e 8 meses, tendo dois filhos em comum. Criavam ainda uma adolescente, filha da mulher de outro casamento.
Para ajudar sua mãe, a garota procurou um intermediário capaz de cometer o crime. Rafael, um dos réus , então, procurou um outro adolescente, fazendo-lhe a mesma proposta. O rapaz aceitou a tarefa por R$ 5 mil. Após “negociações” entre Rafael, Mônica e o adolescente, ficou acertado o preço de R$ 4 mil. Os três, juntamente com a filha da ré, acertaram os detalhes do crime, que deveria ocorrer enquanto Edailton dormia.
No dia 22 de novembro de 2017, madrugada do crime, a menina mandou uma mensagem para Rafael avisando que o padrasto já tinha dormido e que deixaria o portão aberto. Rafael e o adolescente entraram, encontrando-se com mãe e filha. Os dois primeiros foram até o quarto da vítima, que dormia sob efeito de remédios e, armados com facas, deram 15 golpes em Edailton.
Após o acontecido, a ré ligou para polícia e denunciou que sua casa teria sido roubada e no momento do furto teriam matado seu marido. Mônica chegou a receber o seguro de vida, concluindo o pagamento prometido.
Condenação
Em sessão do Tribunal do Júri de São Simão realizada na semana passada, o Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu a condenação de Mônica, que foi aceita e definida pelo júri em 22 anos e 4 meses de prisão pelo crime de homicídio mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O júri também reconheceu que os acusados corromperam dois adolescentes para a prática de crime hediondo. A pena de Rafael por esses crimes foi fixada em 27 anos e 4 meses.