Suspeito de golpes usava banco de dados do Estado

Para a polícia, o homem confessou o crime e contou que adquiria os dados das vítimas, após ter conseguido a senha de um banco de dados público do Estado de Goiás

Postado em: 15-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Suspeito de golpes usava banco de dados do Estado
Para a polícia, o homem confessou o crime e contou que adquiria os dados das vítimas, após ter conseguido a senha de um banco de dados público do Estado de Goiás

A Polícia Civil apresentou essa semana o autônomo Rodrigo Batista Guedes, suspeito de extorquir vítimas de furtos e roubos de veículos. De acordo com a polícia, o homem fingia que estava com os automóveis. Ao ameaçar queimar os veículos, caso os verdadeiros proprietários não realizassem um repasse financeiro, ele extorquia as vítimas. 

Para a polícia, o homem confessou o crime e contou que adquiria os dados das vítimas, após ter conseguido a senha de um banco de dados público do Estado de Goiás. Rodrigo alega que comprou a senha do sistema de um hacker, por R$ 1 mil, há seis meses. Em um vídeo, mostrado aos policiais o homem explica como acessava o sistema.

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O crime acontecia da seguinte maneira, conforme a delegacia, a vítima era roubada e depois chegava até a delegacia dizendo: ‘olha aqui, o bandido em contato comigo pelo celular’. De forma a passar por relato verossímil, as vítimas acreditavam em Rodrigo. 

Prisão

O suspeito havia sido preso na quarta-feira (13), na residência em que morava com a mulher e a filha, em Minas Gerais. O crime acontecia na cidade de Chapada Gaúcha, por meio do Wi-Fi da vizinha. A policia acredita que os crimes acontecem desde a compra da senha do sistema. 

Ao todo as investigações duraram cerca de quatro meses, e a policia utilizou o monitoramento do banco de dados para encontrar o suspeito. A delegacia estima que centenas de proprietários de veículos de Capital e do interior, tenham sido vítimas. Ao saber de como o roubo ou furto aconteceu, Rodrigo conseguia ameaçar os donos dos veículos, por meio de mensagem de texto no Whatsapp ou ligações.

A média de extorsão variava de cada vítima, a cobrança era de R$ 500 a R$ 1,5 mil. O dinheiro deveria ser depositado em contas laranja, de pessoas que de acordo com a policia não possuíam conhecimento da fraude. Se condenado, o homem deve pegar pena de 4 a 10 anos por cada crime. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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