Pílula que previne HIV chega ao Brasil ainda neste mês
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece um tempo mínimo para que se tenha uma proteção efetiva, esse tempo pode variar de acordo com o tipo de relação
Por: Sheyla Sousa
O Sistema Único de Saúde (SUS) deve, ainda este mês, começar a distribuir a pílula contra a infecção por HIV. Atualmente, o antirretroviral Truvada como profilaxia pré-exposição (PrEP) é usado há alguns anos no coquetel de tratamento de soropositivos. O produto é fabricado pela farmacêutica americana Gilead. O País, no período que reforça o alerta à prevenção a Aids, é o primeiro da América Latina a adotar a estratégia como política de saúde pública.
Em maio deste ano, o Ministério da Saúde determinou a incorporação do PrEP, tornando público a decisão em distribuir o antirretroviral, para populações sob maior risco de infecção por HIV. O PrEP deverá, portanto, ser consumido diariamente por pessoas que não têm o vírus, mas que estão mais expostas à infecção, e quando apenas um dos parceiros é soropositivo.
De acordo com infectologistas é preciso uso contínuo da profilaxia para que se tenha efeito. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece um tempo mínimo para que se tenha uma proteção efetiva, esse tempo pode variar de acordo com o tipo de relação.
Prevenção
A eficácia do medicamento está relacionada à sua adesão. Se tomado corretamente, evidências científicas demonstram que o antirretrovirais pode reduzir o risco de infecção por HIV em mais de 90%. A estimativa do Ministério da Saúde destaca que no primeiro ano de implantação, o Truvada seja utilizado no Brasil por cerca de 7 mil pessoas que integram as chamadas populações-chave. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian).
