Produção de energia fotovoltaica quase triplica

Secima afirma que quer capitalizar geração fotovoltaica para todo o Estado. Governador diz que medida trará benefícios para a população

Postado em: 18-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Secima afirma que quer capitalizar geração fotovoltaica para todo o Estado. Governador diz que medida trará benefícios para a população

Marcus Vinícius Beck*


O número de usinas de energia elétrica fotovoltaica quase triplicou neste ano comparado com 2016, em Goiás. A Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), que forneceu o último balanço, estima que as usinas de energia solar produzem algo em torno de 31.880 kilowatts por dia. O aumento faz parte do Programa Goiás Solar e pretende reduzir a carga tributária do Estado. 

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A intenção da pasta é capitalizar a geração de energia fotovoltaica para todo o estado. Segundo o governador Marco Perillo, o aumento da participação da energia na matriz elétrica de Goiás traz benefícios e diversificação no atendimento à população e às empresas da região. A expectativa é de que as usinas contribuam para uma melhor qualidade de vida dos cidadãos. Segundo a coordenadora da superintendência de Energia, Danúsia Arantes, as políticas implementadas de energia solar são renováveis. 

Visando melhorias no sistema de geração de energia, em janeiro deste ano, a Celg Geração e Transmissão (Celg G&T) se associou à construtora Villela Carvalho com a intenção de construir uma usina fotovoltaica na subestação Planalto, que é localizada no município de Morrinhos, a 128 quilômetros de Goiânia. Os investimentos direcionados ao projeto giraram em torno de R$ 35 milhões. Na época, pretendia-se que as obras terminassem em, no máximo, seis meses. 

Segundo o presidente da Celg G&T, Fernando Navarrete, a construção da primeira usina fotovoltaica representou um avanço para o Estado. Para ele, Goiás mostrou que está no caminho do desenvolvimento e, por isso, o projeto de energia renovável é “inovador”. Já o governador Marconi Perillo, na época, disse que o novo sistema, que foi executado em parceira com empresas privadas, representaria o desenvolvimento na aplicação e geração de energia no estado. 

Na década de 1990, o então governador Maguito Vilela (PMDB) privatizou a usina Cachoeira Dourada. A transação representou economia de R$ 1 bilhão de dólares aos cofres do Estado. A negociação foi o estopim para que, atualmente, o estado conseguisse dar um salto em direção à geração de energia renovável. 


Programa Goiás Solar

O programa Goiás Solar vem sendo discutido desde o final do ano passado. A iniciativa consiste na adoção de medidas que possibilitem o fomento à geração do setor de energia solar fotovoltaica. Uma das idéias do programa é estender para todas as regiões do Estado, sobretudo àqueles que sofrem com falta de energia, fomento de crescimento e desenvolvimento local. 

Inclusive, um dos pontos que merecem atenção no programa é no que diz respeito às questões tributárias, de financiamento, de infraestrutura e de desburocratização. No entanto, a iniciativa suscita críticas de setores que vêem a medida como uma forma de atender aos interesses de empresas privadas. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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