HDT alerta para picadas de animais peçonhentos durante período chuvoso

Em Goiás, a grande incidência desse tipo de agravo pode ser notada no hospital que é referência no atendimento a doenças infectocontagiosas e dermatológicas

Postado em: 18-12-2017 às 11h48
Por: Aline Carleto
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Em Goiás, a grande incidência desse tipo de agravo pode ser notada no hospital que é referência no atendimento a doenças infectocontagiosas e dermatológicas

É durante as temporadas de chuva, período em que grande parte do Brasil se encontra atualmente, que se percebe com mais frequência a presença de animais peçonhentos em casas e apartamentos, principalmente em residências próximas a grandes áreas verdes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), acidentes por picadas desses animais são um dos maiores problemas de saúde pública em países tropicais como o Brasil, já que estão entre as principais causas de intoxicações do público adulto-jovem, entre 20 e 39 anos. No país, o maior número de acidentes registrado é com escorpiões, seguido por serpentes e aranhas.

Em Goiás, a grande incidência desse tipo de agravo pode ser notada no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), referência no atendimento a doenças infectocontagiosas e dermatológicas. Os acidentes com animais peçonhentos por muito tempo ocupou o segundo lugar entre os atendimentos do hospital, ficando atrás apenas das assistências a pacientes portadores do vírus HIV. Porém, durante alguns períodos dos últimos dois anos, esse tipo de acidente revezou o primeiro lugar com o atendimento a pacientes soropositivos. Segundo o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HDT, no ano de 2016 foram notificados 587 casos e até o início de dezembro de 2017 foram 595 casos, totalizando 1.182 notificações nos dois anos. Desse total, 477 casos foram por serpente, 354 por escorpião e 212 por aranha. É possível, inclusive, fazer uma relação com o período em que as chuvas são intensas. Em um mês de clima seco, como julho de 2017, foram registrados 71 casos, já em novembro, foram 92 notificações.

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Segundo a infectologista Christiane Kobal, é preciso informar a população sobre o assunto, pois a grande maioria desconhece os procedimentos de primeiros socorros em casos de acidente com picada de animais peçonhentos. “Muitas vezes as pessoas optam por não fazer nada, por pensarem que não é grave, ou acabam realizando procedimentos caseiros, que resultam em um maior agravamento da situação do acidentado”, contou. Christiane alerta que é preciso levar a pessoa ferida até o hospital logo após o acidente. “Cabe ao médico avaliar se a picada ou mordida foi realmente por animal peçonhento e verificar se há a necessidade de aplicar soro antiofídico”, explicou a infectologista.

(Assessoria)

Foto: Reprodução 

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