Atacarejo garante vendas na 44

Vendas de dezembro chegam a mais de meio bilhão de reais. Movimentação renova esperança, após baixa venda nos últimos dois meses

Postado em: 19-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Vendas de dezembro chegam a mais de meio bilhão de reais. Movimentação renova esperança, após baixa venda nos últimos dois meses

Wilton Morais 

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Apesar da expectativa prévia de baixa na movimentação, na região da 44, divulgada em novembro, por parte de lojistas e empresários, a movimentação há pouco menos de uma semana para o natal é intensa. De acordo com a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), até o fim deste ano, devem passar mais de 1,2 milhões de pessoas nas lojas que contemplam a 44. A movimentação proporciona expectativa para os lojistas que no mês passado, enfrentavam queda na quantidade de pessoas que passam pela área.

A AER44 estima que 800 mil pessoas passem em média mensal pela região. Dentro da estimativa a associação esclarece que entre 30% e 40% dos consumidores sejam do varejo. A maioria dessas pessoas é da região metropolitana da Capital, que estão em busca do atacarejo – quando um grupo se reúne para aproveitar o preço do atacado. A maioria do público da grande Goiânia engloba um raio de 300 até 500 quilômetros da Capital, e os compradores em apenas um dia conseguem realizar as compras e voltar para a cidade de origem. 

Izabel Cabral levou os dois filhos para realizar a compras, ao escolher os papeis para embrulhar os presentes da família contou que tem aproveitado o atacarejo. “Estou achando coisas boas e com preços em conta. Além disso, trombamos muito pouco com as pessoas. O ruim é só quando está chovendo, que acabamos esbarrando com algumas pessoas dentro das galerias”, contou a cliente Izabel.

Para a AER44 os resultados nas vendas é resultado da qualidade das roupas goianas. “A moda goiana é muito bem vista, aqui dentro do Estado e no país. A moda praia de Goiás, por exemplo, é uma das mais conhecidas no Brasil. Na região da 44 existem lojas que exportam para outros cidades, e até países”, segundo a associação.

Andyara Moraes é vendedora em um dos shoppings da Avenida 44 e explica que as vendas melhoraram no atacarejo. “Essa melhora é maior no varejo, e principalmente no atacarejo. No atacado vendemos mais na quinta-feira e sexta-feira”. Para Andyara a última semana antes do natal está sendo crucial para garantir as vendas. Além disso, a segunda-feira (18) com chuva e muitas galerias fechadas contribuíram para as vendas. “Em comparação com os outros anos, o movimento tem vindo tardio. Mas com certeza houve uma melhora em relação ao mês de dezembro do ano passado para esse”, disse. 

Atacarejo 

O presidente da AER44, Jairo Gomes avaliou que na segunda-feira (18), a movimentação na região começou melhor. “Foi uma movimentação bem assídua. Temos a expectativa que o atacarejo cresça nesses dias. As pessoas estão vindo, em grupos de amigos e família para comprar os presentes de final de ano”, contou.

Ao comentar o aumento de vendas de dezembro, em comparação ao início das vendas de final de ano – meses de outubro e novembro – o presidente explicou que houve aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. “Atualmente temos nessa região 2.700 lojas. Essa produção coloca a qualidade, preço baixo e logística, como os pivôs para atrair os consumidores do Estado. Em outubro e novembro atraímos alguns países do Mercosul [Mercado Comum do Sul]. E esse final de semana, atendemos países como Argentina e Uruguai”, relatou Jairo. 

Final de ano movimenta mais de meio bilhão de reais na Região da 44 

Por semana, a região da 44 recebe em média 250 mil turistas. “Quando chega final de ano, a gente passa de 800 mil pessoas podendo chegar até mais de 1 milhão de pessoas. Ou seja, a gente comercializa em média R$ 270 milhões por mês. No final de ano, isso pode passar de R$ 570 milhões, apenas em dezembro”, estimou o presidente da  AER44, Jairo Gomes.

Conforme o presidente da AER44 a região da 44 tem conquistado espaço no mercado. Em relação a demais partes do país, como o Brás – distrito situado na região centro-leste da cidade de São Paulo –, Jairo conta que o bairro da roupa barata tem perdido espaço para a região da 44. “Isso efetivamente por conta da invasão chinesa em São Paulo. O mesmo não acontece em Goiás, esse mercado não invade Goiás da mesma forma. A confecção goiana é uma indústria mais caseira, o que garante a qualidade”, afirmou. Apenas em relação á cidade de São Paulo, a Região da 44 aumentou a suas vendas em 40%, conforme a  AER44.

A vendedora Vanessa Pereira Brandão também acredita que houve melhora nas vendas. “Em anos anteriores era melhor apenas no atacado. Hoje o varejo tem suprido a demanda”, contou.  Vanessa ressalta que os consumidores tem buscado comprar para a família toda. “Esperamos que na semana que vem continue assim. O movimento tem sido bom, e se continuar assim será ainda melhor. Também estamos atendendo muitas pessoas de outros Estados, creio que tem sido meio a meio com os goianos”, ressaltou Vanessa. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação ao editora interina de cidades Waldineia Ladislau). 

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