Mais de 1 mil vigilantes perderam emprego em GO

Atividade apresenta saldo negativo entre fluxo de admissões e demissões

Postado em: 19-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Atividade apresenta saldo negativo entre fluxo de admissões e demissões

Marcus Vinícius Beck* 

Dados do Ministério do Trabalho (MT) informam que, entre janeiro de 2015 e setembro de 2017, foram fechadas pelo menos 73 mil vagas na segurança privada no país. Em Goiás foram 1.242 pessoas que ficaram sem empregos no período e pelo menos metade deles ocorreu somente em 2017. O saldo entre admissões e demissões ficou negativo em 522 vagas. “Estamos percebendo desde 2015 uma queda significativa na geração de emprego”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Pública, Leonardo Otoni.
No ano passado, por exemplo, a atividade apresentou um salto negativo entre o fluxo de admissões e demissões. No entanto, para poder analisar o setor é necessário levar em consideração dois fatores essenciais para sua evolução – o crescimento do número de trabalhadores e o processo pelo qual se dão os reajustes salariais. Mas com a crise vivenciada pelo País a partir de 2015, as reduções passaram a ocupar o lugar dos aumentos físicos e quantitativos, já que o setor de segurança foi atingido pelo impacto negativo na economia.
Para deixar o quadro mais complicado, a população sente insegurança com a falta de emprego. Por exemplo, dados divulgados pela 11° Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que 61,5 mil cidadãos perderam a vida de forma violenta no Brasil, por homicídio doloso, o que representa um aumento de 3,8% em relação a 2015. Já quando se pensa em latrocínio – crime de roubo seguido de morte – mais de 3 mil pessoas perderam a vida de forma violenta.
Para o presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança Pública e Transporte de Valores (Fenavist), Jeferson Furlan Nazário, diz que a segurança privada tem função de complementar à segurança pública no combate à criminalidade. “É uma parceira que aumenta substancialmente a segurança e a sensação de proteção da população. O cidadão se sente muito mais tranqüilo”, declara. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação da editora interina de Cidades Waldineia Ladislau)

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