Pesquisa aponta que formados têm mais oportunidade no mercado

Levantamento aponta que quase 70% de profissionais recém-graduados em cursos superiores já estavam empregados depois da conclusão

Postado em: 25-07-2022 às 09h15
Por: Ícaro Gonçalves
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Profissionais recém-formados possuem boas chances de conseguir emprego logo no primeiro ano de formação | Foto: Reprodução

Profissionais recém-formados possuem boas chances de conseguir emprego logo no primeiro ano de formação. É o que aponta uma pesquisa inédita da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), na qual 69% dos egressos consultados afirmaram já estar empregados. O estudo ainda indica que a taxa de ocupação é a mesma entre estudantes formados na modalidade presencial e a distância.

O estudo foi promovido pela ABMES em parceria com a Symplicity, empresa de solução de software de empregabilidade. Na pesquisa, foi avaliada a colocação profissional de quase 2 mil egressos que colaram grau entre meados de 2020 e de 2021, ou seja, no momento mais crítico para ocupação profissional no decorrer da pandemia da covid19. Em meio à crise no mercado de trabalho, 48,82% dos formados estavam em ocupações formais, 10,86% trabalhando como autônomos ou profissionais liberais, 2,77% como empresários e apenas 2,82% na informalidade.

A pesquisa também levou em consideração a remuneração dos recém-formados. A média salarial geral foi de R $3.799,29, sendo R $3.972,52 no grupo de bacharéis, R $3.709,48 entre os tecnólogos e R $2.392,86 entre os licenciados. O valor médio se eleva quando a ocupação é na área de formação e chega a R$ 3.805,53.

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Áreas mais promissoras

Conforme o indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE), a área com maior empregabilidade entre os egressos pesquisados foi a de tecnologia da informação, figurando no topo da lista com 82% dos egressos já trabalhando. Nas engenharias, 77% estão contribuindo ao mercado de trabalho, e entre os profissionais de saúde também há um salto: 72% estão empregados. Entre os recém-formados em direito, 53% estão no mercado de trabalho. Mais da metade dos egressos em negócios, comunicação e educação também garantiram ocupação nas áreas em que foram preparados nas instituições de ensino superior.

Para o gerente regional Brasil da Symplicity Corporation, Gabriel Custodio, a iASE mostra dinâmicas interessantes que ajudam a compreender os bons resultados de empregabilidade de algumas áreas. “Uma confirmação na área de Ti, que vem sendo muito fomentada, é que os alunos estão com uma inserção bem rápida até mesmo antes de se formarem. O mercado de tecnologia foi um dos mais aquecidos pelo movimento da transformação digital impulsionado durante a pandemia”, diz.

Custodio analisou, ainda, os dados das engenharias, destacando que o setor da construção civil passou por uma crise muito profunda. “Mas nas engenharias, como um todo, houve uma perda do interesse dos alunos há alguns anos e o aumento da demanda sinalizou que estamos precisando mais desses profissionais. É um outro momento do ciclo deste mercado”, diz. O diretor da ABMES, diego Puerta, afirma que o setor de tecnologia abriu muitas oportunidades e que o mercado dispõe, hoje, de 400 mil vagas não ocupadas.

Metodologia

Para a realização da pesquisa foram coletados dados de 1.989 egressos de graduação que colaram grau entre 31 de julho de 2020 e 30 de junho de 2021 de 10 instituições privadas de ensino superior de todas as regiões do Brasil. O período de apuração foi de 26 de novembro de 2021 e 18 de maio de 2022.

O levantamento de informações primárias foi realizado por essas instituições, seguindo o modelo de questionário quantitativo, acordado entre os participantes do grupo de trabalho criado pela parceria, com o apoio do Inep.

Mais resultados positivos

Os resultados da pesquisa da ABMES somam-se à 3ª Pesquisa de Empregabilidade, feita pelo instituto Semesp e divulgada em novembro de 2021. O estudo mostrou que para 82,2% dos egressos das universidades houve melhora para encontrar uma colocação após a conclusão do ensino superior, enquanto 17,8% disseram que nada mudou. Entre os que afirmaram ter havido melhora, 75,6% eram de cursos presenciais e 24,4% do ensino a distância (EAD).

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