Natal movimenta semáforos

Ambulantes tomam conta das ruas da Capital, Papais Noéis e outros itens natalinos são vendidos em vários cruzamentos

Postado em: 21-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Ambulantes tomam conta das ruas da Capital, Papais Noéis e outros itens natalinos são vendidos em vários cruzamentos

Wilton  Morais 

Falta apenas quatro dias para se celebrar o feriado de Natal, algumas ruas da cidade já estão enfeitadas. Mas é no semáforo que a venda de papais Noéis e gorrinhos acontece. Também nos cruzamentos das varias vias da Capital, os goianienses encontram brinquedos, frutas e demais itens utilizados no dia de comemoração natalina. Ruider Alves de Freitas, 21 anos, era garçom, e optou por deixar o emprego fixo para trabalhar como vendedor nas ruas. 

Há três anos no mesmo lugar, o vendedor trabalha com preços médios que tendem a ter o mesmo preço nos demais pontos da cidade, em finais de ano. O papai Noel, por exemplo, é comercializado por R$ 30, são vendidos em apenas um semáforo cerca de 10 unidades por dia. Já o gorro, que de acordo com o vendedor saí em média 30 unidades ao dia, e é comercializado por R$ 5. Na compra de três, o valor é de R$ 10.

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Já as frutas, usadas para enfeitar as mesas de ceia, são vendidas de forma fresca. O morango, custa até R$ 20, nessa época do ano.  Já a goiaba, o vendedor explica, “São 10 frutas no saquinho, por apenas R$ 10”. No mesmo ponto, são vendidos vários brinquedos que variam o preço, além de sacos de lixo, panos de chão e outras mercadorias usadas no dia a dia. 

“O pessoal compra bastante. E os semáforos ficam mais bonitos no clima natalino. A única dificuldade é a chuva que não tem hora. Em geral as pessoas são educadas, e não sofro abusos”, contou o vendedor. Carregador, suporte para celular, chapéu são outros itens vendidos por Ruider. “Estamos vendendo muita maquininha para cortar cebolinha”, relata ao ser questionado sobre o que as pessoas mais têm comprado no final de ano. 

Ruider relata que saiu de dois empregos para trabalhar no semáforo. “Aqui tenho trabalhado menos e ganhado o mesmo tanto. E trabalho para mim mesmo. Eu era garçom e trabalhava durante a noite. Agora tenho tempo até para resolver minhas coisas pessoais, e posso dormir de noite”, contou satisfeito com a profissão.  

Venda de ambulantes na Avenida Anhanguera com Avenida Goiás é fraca 

Já em no Centro da cidade, um dos pontos mais tradicional para a venda no comércio ambulante está com as vendas fracas, conforme ambulantes do local. Ao chegar no espaço, a sensação é de estar entrando em uma feira, em frente a diversas lojas. Antônio Vieira Brito relata que a Região da 44 é a responsável pela queda de vendas  no local. “Está fraco, o cliente que comprava no centro tem ido para a Avenida 44. Quem tem comprado da gente é pessoas das lojas aqui em frente, ou outros que tem passado pelo centro”.

De acordo com o vendedor, é graças ao talento e a experiência que a venda ainda existe no local. “Eu vendo roupas femininas, e são as que realmente saem com frequência. O número de bancas, apesar da movimentação, diminuiu muito ao longo do ano”, relatou. “As pessoas persistiram aqui durante muito tempo, mas desistiram. Estão procurando outro caminho. Não está tendo nem mesmo fiscalização”, complementou. 

No mesmo cruzamento, outro vendedor que não se identificou reconheceu que as vendas são poucas, apesar do movimento. “Mesmo tendo o Natal, não estamos vendendo. Isso é em relação ao ano todo. Está parecendo final de mês”, contou.

A fiscalização de comércio ambulante em Goiânia é de responsabilidade de fiscais da Prefeitura. Esse trabalho é realizado com frequência, e com apoio da Guarda Civil Metropolitano (GCM). (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação da editora interina de Cidades Waldineia Ladislau). 

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