IBGE: 24,8 milhões das pessoas de 14 a 29 anos não frequentam escolas no país

As razões mais frequentes para não estarem estudando foram por motivo de trabalho, seja porque trabalhava, estava procurando trabalho ou conseguiu trabalho que iria começar em breve

Postado em: 21-12-2017 às 11h55
Por: Márcio Souza
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As razões mais frequentes para não estarem estudando foram por motivo de trabalho, seja porque trabalhava, estava procurando trabalho ou conseguiu trabalho que iria começar em breve

A Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2016 divulgada hoje (21) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 24,8 milhões das
pessoas de 14 a 29 anos de idade não frequentavam escola, cursos
pré-vestibular, técnico de nível médio ou de qualificação profissional no ano
passado.

As razões mais frequentes para não
estarem estudando foram por motivo de trabalho, seja porque trabalhava, estava
procurando trabalho ou conseguiu trabalho que iria começar em breve (41%); não
tinha interesse em continuar os estudos (19,7%); e por ter que cuidar dos
afazeres domésticos ou de criança, adolescente, idosos ou pessoa com
necessidades especiais (12,8%).

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Os motivos relacionados ao
mercado de trabalho para não ir à escola foram mais frequentes entre os homens
(50,5%). Além disso, entre eles, 24,1% disseram não ter interesse, e 8,2% já
tinham concluído o nível de estudo que desejavam.

Para as mulheres, o motivo
relacionado a trabalho para não estudar também foi o mais frequente (30,5%);
26,1% delas alegaram ter que cuidar dos afazeres domésticos ou de criança,
adolescente, idosos ou pessoa com necessidades especiais, proporção 30 vezes
superior à observada entre os homens; e 14,9% não tinham interesse.

No Brasil, em 2016, havia 51,6
milhões de pessoas de 14 a 29 anos de idade. Desse total, 13,3% estavam
ocupadas e estudavam; 20,5% não trabalhavam e não estudavam; 32,7% não
trabalhavam, mas estudavam e 33,4% estavam ocupadas e não estudavam.

Entre os homens nesse grupo
etário, 14,7% não trabalhavam nem estudavam. No caso das mulheres, esse
percentual chegou a 26,4%. Em relação à cor ou raça, a maior diferença entre os
grupos foi estimada para as pessoas que não trabalhavam nem estudavam: 16,6%
para as de cor branca e 23,3% para as pretas ou pardas.

Educação profissional

Em 2016, entre os 8 milhões de
estudantes do ensino superior de graduação no Brasil, 842 mil frequentavam
cursos tecnológicos, o que corresponde a 10,5% do total de alunos do ensino
superior. A graduação tecnológica tem enfoque específico em uma área
profissional, duração de 2 a 3 anos, e sua conclusão confere diploma de
tecnólogo.

Em relação ao curso técnico de
nível médio, 2,1 milhões cursavam essa modalidade de educação profissional
destinada aos estudantes de ensino médio ou às pessoas que já o tinham
concluído.

Em 2016, entre as 75,3 milhões de
pessoas de 14 anos ou mais de idade que estudavam na Alfabetização de Jovens e
Adultos ou no ensino fundamental e aquelas que fizeram, no máximo, o ensino
fundamental (ou equivalente), 0,8% estavam frequentando curso de qualificação
profissional, o que equivale a 568 mil pessoas.

Cerca de 15,8 milhões de pessoas
de 14 anos ou mais de idade já haviam frequentado, em algum momento, algum
curso de qualificação profissional, modalidade mais acessível da educação
profissional, composta de diversos cursos que visam a capacitar o indivíduo
para o trabalho em uma determinada ocupação sem, porém, aumentar seu nível de
escolaridade.

 Com informações da Agência Brasil. Foto:
Reprodução 

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