Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Heróis que salvam a todo tempo

Corpo de Bombeiros de Goiás realiza operações constantes de salvamento e resgate. Em 2017 foram mais de 105 mil atendimentos em diversas áreas

Postado em: 22-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Corpo de Bombeiros de Goiás realiza operações constantes de salvamento e resgate. Em 2017 foram mais de 105 mil atendimentos em diversas áreas

Wilton Morais

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Conforme dados do Corpo de Bombeiros de Goiás, o ano de 2017 foi marcado por diversas ocorrências entre salvamento e resgate, além das operações preventivas. O resgate ainda é a operação com maior número de registros, sendo mais de 62 mil. Logo em seguida, as operações de busca e salvamento representam mais de 10 mil atendimentos. O ano também foi marcado por quase 7 mil ocorrências de incêndio florestal e cinco mil de incêndio urbano. 

Além desses trabalhos, os militares bombeiros realizam operações de prevenção, defesa civil e manipulação de produtos perigosos. De acordo com o tenente coronel Fernando Caramaschi é nos quartéis que se concentram os grupos de resgate e salvamento. “Trabalhamos também com outras ações, como o resgate náutico, para os casos de afogamento. Com os cães realizamos busca de perdidos em matas. Além da equipe de colapsado, que geralmente atua em desmoronamentos e desabamentos”, contou o coronel. 

É no primeiro batalhão da corporação onde se concentra a maior parte dos treinamentos dos militares. No local, a corporação conta com piscina, áreas para corrida e outras atividades. “Em termos de equipamento, no inicio do ano que vem chegará uma escada automatizada, com plataforma. Já tínhamos uma plataforma, a mais alta do Brasil, mas que atualmente  não está funcionando. Em caso de incêndio, esse sistema será essencial”

De acordo com Caramaschi, atualmente a corporação tem se equipado cada vez mais para garantir a vida. “Atuamos justamente na hora que as pessoas mais precisam. Vamos a onde todos estão saindo correndo. Está pegando fogo, todos descem e a gente sobe. Temos a credibilidade, muito em razão disso. Somos referencia em nível nacional. As pessoas procuram o corpo de bombeiros de Goiás”, contou. 

Atualmente, a corporação tem recebido turmas de militares de outros Estados para realizarem cursos de cadetes. “Estamos construindo nossa academia. Mas está faltando algumas coisas. Já temos a casa de fumaça, a estrutura de pavilhão de sala de aula, e alojamentos. Em locais separados, estamos montando outros espaços para uso”.

Na cidade de Anápolis, por exemplo, os bombeiros contam com um centro de treinamento urbano. Em Senador Canedo, acontece a construção de um centro de treinamento de produtos perigosos. “Não tem como juntarmos tudo em apenas um local. Mas a essência, a alma continua sendo a academia”, relatou militar.

Capacitação

O Corpo de Bombeiros de Goiás conta com efetivo de aproximadamente 2.700 bombeiros militar. Destes, 950 militares foram certificados em academia esse ano. “Em números o efetivo parece pequeno. Mas o Estado é dividido em 44 municípios, e todo o estado é coberto por municípios. Em Planaltina, por exemplo, as cidades do entorno são cobertas por unidades próximas”. 

Já nas cidades de Anápolis e Rio Verde, por exemplo, existem mais de uma unidade dos bombeiros instalada. “Todos possuem uma área de atuação. Abriremos unidades em Goianira e Nilópolis, que eram cobertas por unidades de outra cidade. Até o ano que vem esses quartéis deverão estar funcionando”, ressaltou Caramaschi.  

Bombeiros militares tem grande atuação também em partos e salvamentos em água 

Entre as histórias que marcam a vida de cada militar dos bombeiros, o tenente coronel Fernando Caramaschi ressalta que experiências de salvamento chamam a atenção. “É muito complicado e difícil. Em cinco minutos sem oxigênio no cérebro é possível resultar em lesões, com 10 minutos até óbito”, explicou. 

Em Catalão, a equipe dos bombeiros chegou e felizmente em um rio após o imediato mergulho a vítima foi salva pelo militar que realizou o procedimento de respiração. “Essas ocorrências que nos marca, pela dificuldade de conseguir retornar essa pessoa”, disse.

Em partos, Caramaschi avalia que o tipo de ocorrência chama a atenção pelo tempo mínimo. “Acontece com frequência de a criança nascer dentro da ambulância. Mas as que mais chamam a nossa atenção, são aquelas que aparentemente não teriam mais chances de resgate”, avaliou.

Caramaschi ressalta que quando envolve criança nas ações, as ocorrências se tornam ainda mais humanas, e mexe com o sentimento dos militares. “Em acidente doméstico, a pouco tempo, uma criança se afogou em balde. Mas graças a nossa ação com uma aeronave foi possível realizar o resgate”, contou. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação da editora interina de cidades Waldineia Ladislau). 

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