Pediatra alerta para cuidados com crianças durante as férias

Especialista chama atenção para acidentes que podem acontecer dentro de casa e para os problemas que podem surgir pelo excesso de tecnologia

Postado em: 22-12-2017 às 12h40
Por: Márcio Souza
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Especialista chama atenção para acidentes que podem acontecer dentro de casa e para os problemas que podem surgir pelo excesso de tecnologia

Para muitos, férias é sinônimo de
tranquilidade, mas para que o recesso das famílias com crianças em casa não
vire um pesadelo e o sossego também perpetue, a atenção deve ser redobrada com
os pequenos. É possível que as crianças aproveitem, de maneira saudável, todo o
tempo livre para brincar, aprender e driblar o ócio, mas alguns dados devem ser
tomados.

Segundo  a pediatra do
HMI, Ana Márcia Guimarães, no período dos meses de férias escolares – janeiro,
julho e dezembro – é quando mais acontecem acidentes domésticos, devido à
exposição mais prolongada aos riscos.

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De acordo com os dados do Serviço de
Arquivo Médico e Estatística (SAME) do Hospital Materno Infantil (HMI), as
queixas campeãs em atendimento no pronto socorro da unidade em períodos de
férias são tombos, quedas de bicicleta e ingestão de bolas de gude. 

Conforme
Ana Márcia, acidentes automobilísticos com crianças fora do bebê conforto,
queimadura, ingestão de substâncias abrasivas e medicamentos tóxicos também são
muito comuns nesse período. “Como as crianças não estão frequentando um turno
escolar, onde fazem muitas atividades e gastam energia, elas acabam ficando
entediadas e vão procurar o que fazer. É nessa hora que encontram alguma
situação irregular na própria casa, como móveis inadequados, produtos de
limpeza ao alcance, materiais perfurantes e cortantes que não estão
adequadamente guardados”, alerta a pediatra.

Tecnologia 

Outro ponto
destacado pela pediatra que, segundo ela, também deve ser motivo de atenção por
parte dos pais ou responsáveis, é a exposição em excesso à tecnologia, assunto
que tem preocupado os especialistas da área. 

A presença marcante desse tipo de
entretenimento no mundo atual faz com que bebês e crianças usufruam cada vez
mais cedo de smartphones e tablets. Mas, segundo a Academia Americana de
Pediatria (APA), nesse período da vida, o cérebro está em pleno processo de desenvolvimento,
o que requer outros tipos de contatos, com incentivos variados e ativos,  que os eletrônicos não propiciam. Sendo
assim, a academia orienta que até os 18 meses não haja exposição à TV, ao
computador, ao celular ou tablet. A recomendação dos 2 aos 5 anos de idade é de
uso limitado a uma hora por dia, com a ressalva de programação de qualidade
apropriada à idade, além de que as telas sejam evitadas depois das 18 horas. “O
excesso de ‘tela’ pode levar ao vício, com sintomas de abstinência semelhantes
ao vício químico”, afirma Ana Márcia.

Outra recomendação é equilibrar as
horas de jogos online com atividades esportivas, brincadeiras e exercícios ao
ar livre. Ana Márcia chama atenção para o papel da família nesse momento. “Os
pais devem ser criativos e proporcionar momentos para distrair as crianças fora
de casa, como levar crianças para locais abertos, clubes, parques, campos de
futebol, leitura, atividades lúdicas como pintura, cinema; sem deixar de
supervisionar”, alerta. 

Foto: Reprodução

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