Goiás apresenta aumento de 30 casos confirmados de varíola dos macacos em 21 dias

Até o momento, não há casos de internação hospitalar em Goiânia, no entanto, confirmados estão sendo monitorados pelo Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (Cievs) do município

Postado em: 02-08-2022 às 16h02
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Até o momento, não há casos de internação hospitalar em Goiânia, no entanto, confirmados estão sendo monitorados pelo Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (Cievs) do município | Foto: Reprodução

Segundo dados do boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o estado aumentou de 2 para 32 casos confirmados de varíola dos macacos em 21 dias. O documento, que foi divulgado nesta segunda-feira (1/8), revela que todos os casos são homens, com idades entre 23 e 43 anos.

As duas primeiras aparições da doença foram confirmadas no dia 11 de julho, em Aparecida de Goiânia. Desde então, os atingidos têm crescido em Goiás. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), informa que, até esta terça-feira (2/8), 29 casos da varíola dos macacos foram confirmados na capital.

As cidades de Goiás e Luziânia, no Entorno do Distrito Federal (DF) também registraram seus primeiros infectados. Aparecida de Goiânia permanece com dois e Itaberaí tem um. Além desses, o estado possui 54 casos suspeitos e 17 descartados.

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De acordo com a SES, dos 54 suspeitos, 41 são de Goiânia, cinco de Aparecida e dois em Valparaíso. Cidades do interior goiano, como Inhumas, Abadia de Goiás, Chapadão do Céu, Jaraguá, Itauçu e Faina têm um suspeito cada.

Até o momento, não há casos de internação hospitalar em Goiânia, no entanto, confirmados estão sendo monitorados pelo Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (Cievs) do município.

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A SMS ainda esclarece que, entre os 29 atingidos, a maioria tem histórico de viagem a São Paulo, Rio de Janeiro, países com transmissão comprovada, ou contato com pessoas que realizaram viagens a esses locais.

Cada exame diagnóstico é enviado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para análise. Por nota, a Prefeitura de Aparecida, região metropolitana da capital, informou que as duas reações epidemiológicas foram confirmadas pelo método laboratorial. 

Os dois homens que entraram em contato com a varíola, em Aparecida de Goiânia, já receberam alta do isolamento, ou seja, foram curados.

Transmissão

A transmissão ocorre por contato físico com alguém que tenha sintomas, contato com as lesões, crostas, fluidos corporais, gotículas respiratórias. Além do toque em materiais contaminados, como roupas de cama e talheres que tenham sido utilizados por pessoas que estejam sintomáticas.

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Sintomas

Os sintomas mais comuns podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Assim, há possibilidades de confundir a varíola dos macacos com uma gripe, por exemplo.

Já as erupções cutâneas na pele passam por etapas. Em um primeiro momento podem parecer sífilis, ou varicela. Após a vermelhidão, elas ganham volume e foram-se bolhas. Por fim, criam cascas.

Tratamento

Ainda não há um tratamento específico para a varíola dos macacos, mas os quadros clínicos costumam ser leves.

O risco de agravamento ocorre em pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes e crianças com menos de 8 anos.

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