Atendimento no Credeq aumentou 90%

Desde reforma, local recebe em sua maioria pessoas do sexo masculino. Programa de atendimento a dependentes químicos é ligado a Secretaria de Saúde

Postado em: 30-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Atendimento no  Credeq aumentou 90%
Desde reforma, local recebe em sua maioria pessoas do sexo masculino. Programa de atendimento a dependentes químicos é ligado a Secretaria de Saúde

Marcus Vinícius Beck*

Continua após a publicidade

O número de pessoas atendidas no Centro Estadual de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq), em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana, aumentou 90% desde que iniciaram as reformulações na unidade, no ano passado. Articuladas pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), as primeiras mudanças no centro fecharam gradativamente 36 vagas do público juvenil, que passaram a ser destinadas aos pacientes do sexo masculino e adulto. No momento, o programa é ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o psiquiatra Tiago Oliveira, que é diretor técnico do Credeq, o maior tratamento realizado pela entidade em dependência química é nos públicos masculino e adulto. Desta forma, a unidade de saúde, que é pública e gratuita, e trata somente de casos considerados graves, abriga somente adultos. “Todo ser humano faz essa caminhada”, afirma o psiquiatra. Atualmente, a unidade dispõe de 108 leitos, divididos entre 84 para masculinos e 24 para femininos.

A unidade disponibiliza tratamentos no âmbito hospitalar e ambulatorial. As terapias serão deliberadas durante a primeira consulta, que é agendada por meio de regulação. Em ambas as maneiras, o tratamento tem por parâmetro o mesmo protocolo terapêutico, que oferecem atendimentos clínicos e com equipes multiprofissionais. “Apenas que no CREDEQ esse trabalho é realizado de maneira profissional, potencializando exponencialmente a sua efetivação no cotidiano do paciente”, diz Oliveira.

Atendimento

Quando o paciente é internado no local, ele é encaminhado diretamente para a desintoxicação, que costuma ser a fase mais complicada da reabilitação por conta das crises de abstinências. Ao todo, o paciente pode permanecer no programa de internação do Credeq em média 90 dias. Em seguida, ele é acompanhado pelo ambulatório. 

Permeada por inúmeras atividades, os pacientes ficaram internados cerca de um ano no Credeq. Depois deste prazo, o dependente passa a ser assistido como um portador de doença crônica, como hipertensão e diabetes. O Credeq trabalha ainda no sentido de reinserir o dependente químico no convívio social e, para isso, oferta profissionais de várias áreas do conhecimento, como Assistente Social, Educador Físico, Enfermeiro, entre outros.  (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação da editora Waldineia Ladislau) 

Veja Também