Turismo sustentável fica em alta no Estado após fase crítica da pandemia

Uma das regiões com bastante potencial é a Chapada dos Veadeiros

Postado em: 13-08-2022 às 10h10
Por: Lorenzo Barreto
Imagem Ilustrando a Notícia: Turismo sustentável fica em alta no Estado após fase crítica da pandemia
Os destinos turísticos que oferecem experiências autênticas, serão mais procurados pelos turistas| Foto: Reprodução

O turismo na natureza realmente é um mercado que tende cada vez mais a ser  promissor no Estado de Goiás. Uma das regiões com bastante potencial é a Chapada dos Veadeiros, que deve se preparar para receber turistas desse segmento (60,3%), que pretendem visitar o destino ainda neste ano. O estudo é do XXI Boletim Especial do Observatório da Goiás Turismo   que   traz o resultado da pesquisa “Melhores práticas de sanitização”,voltada ao turista da Chapada Dos Veadeiros. O estudo ouviu 146 pessoas no período entre 20 de junho a 30 de julho. Outra   abordagem   levantada na pesquisa é sobre o tipo de atividade que o visitante considera confiável praticar no período pós-pandemia.   Na   tabela,   divulgada pelo Observatório, estão em destaque   os   passeios   e   trilhas,   visitas   a   cachoeiras, eventos,   shows e festivais,desde que sejam ao ar livre. 

De acordo com os especialistas na área do turismo, os destinos turísticos que oferecem   experiências   autênticas, sejam elas culturais ou ambientais, com   grande   impacto nas cadeias produtivas regionais e locais e, sobretudo,tenham foco na conservação da natureza, serão mais procurados pelos turistas. O Observatório também afirma que estudos do Ministério do Meio Ambiente, na Cartilha do Sistema Nacional De Unidades de Conservação(SNUC) do ICMBio, em 2011, já apontavam que “as visitações nos Parques Nacionais do Brasil teriam potencial para gerar entre 1,6 e 1,8 bilhões de reais por ano”. Há mais de 10 anos, já se previa que o turismo na natureza poderia vir a se tornar potente no país e gerar empregos, valorizar culturas locais e contribuir na conservação da natureza. 

Foto: Divulgação

O texto alerta que os destinos de natureza precisam organizar os protocolos sanitários de acordo com recomendações do   Manual   de   Boas   Práticas Sanitárias no Turismo de Natureza, desenvolvido pela Associação   Brasileira   das   Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), com base   em   pesquisas   junto   às principais entidades sanitárias no Brasil (OMS, Vigilância Sanitária, ANVISA, etc.), além da consulta   aos   diversos   protocolos   sanitários   já   adotados por outros países.Empresários sinalizam contratações O turismo foi um dos setores   mais   afetados   pela   crise causada   pela   pandemia   do novo   Coronavírus:   cerca   de 95%   dos   pequenos   negócios desse setor tiveram perdas no faturamento. 

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Apesar disso, 15% do total de empreendimentos retomaram as atividades atendendo aos protocolos, sendo que,   desse   grupo,   85%   das agências de viagens não encontraram problemas na aplicação das normas sanitárias, já sinalizando interesse na contratação de pessoal. Os dados são de pesquisa inédita realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV Nacional). O estudo, aplicado entre 14 e 20 de julho de 2020,   teve   a   participação   de 2.555   empresas   de   todas   as unidades da federação.

 As   perspectivas   dos   empresários ouvidos na pesquisa são positivas em relação à gestão de colaboradores. 78% dos empresários de agências de turismo afirmam que não têm intenção de demitir funcionários em, sendo que uma pequena parcela (8%) já sinaliza a intenção de contratação. Além das questões trabalhistas,   as   empresas   tiveram que passar por modificações nas estruturas financeiras: 44% cortaram custos com renegociação de contratos, 43% cortaram gastos com matérias-primas,   38%   negociaram contas de água, energia e telefone, outras 22% cancelaram contratos de aluguel. 

A pesquisa revela que atualmente a principal preocupação dos empresários é a insegurança com o mercado de turismo, em relação às companhias aéreas, parceiros locais e fornecedores de outros países.  36%   dos   entrevistados   registraram   que   essa   incerteza   é motivo de aflição.  24% apontam o acesso ao crédito como um dos principais receios.

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