Mesmo após 100 dias sem chuvas na região do alto Meia Ponte, o abastecimento de água em Goiânia continua normal, conforme dados da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago).

De acordo com a empresa, a vazão atual do Meia Ponte, com média de 5.455 litros por segundo, é superior à registrada no mesmo período de 2021.

Essa mesma marca foi alcançada quase um mês mais cedo, no ano passado. Porém, ainda assim, não houve impacto no abastecimento à população. Dessa forma, a necessidade de racionamento está descartada. 

Apenas 34% da população goiana recebe água do rio Meia Ponte, enquanto 66% é abastecida com água proveniente do Ribeirão João Leite. Ambos estão interligados através de uma adutora com capacidade para transferir 800 litros por segundo de um para outro, em caso de necessidade.

O sistema João Leite, que armazena 129 bilhões de litros de água, está, atualmente, com 93% da capacidade de reservação, sendo que há um ano estava com 84%.

Assim como o rio Meia Ponte, o riberão João Leite também apresenta vazão mais alta que a registrada em 2021. Somente este ano, barragem verteu durante 135 dias, isto é, 39 dias a mais do que no ano passado.

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Funcionamento dos sistemas

O sistema Meia Ponte abastece as regiões Norte, Noroeste, Oeste e Sudoeste de Goiânia, bairros de Goianira, Trindade e Aparecida de Goiânia. Já o Sistema Mauro Borges/João Leite faz o atendimento das regiões Leste, Central, Sul e Sudeste – além de parte de Região Norte, como reforço ao Sistema Meia Ponte, e parte de Aparecida de Goiânia.

Mauro Borges, assim como João Leite, é responsável por dois terços da produção da água distribuída na grande Goiânia. Ainda segundo a Saneago, o conjunto Meia Ponte, que costuma sofrer drástica redução de vazão durante o período de estiagem, deve ser gradualmente expandido.

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