Polícia investiga corrupção na fuga do traficante recapturado no Rio de Janeiro

Corporação tem elementos probatórios de que o preso teria pagado R$ 100 mil para facilitar sua fuga

Postado em: 08-01-2018 às 15h00
Por: Victor Pimenta
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Corporação tem elementos probatórios de que o preso teria pagado R$ 100 mil para facilitar sua fuga

A Polícia Civil de Goiás prossegue na investigação para desvendar uma possível corrupção que teria resultado na fuga do traficante Stephan de Souza
Vieira, recapturado no domingo (7), em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Conhecido
como BH, Stephan é apontado como líder do Comando Vermelho em Goiás. Ele havia fugido em novembro de 2017 da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, em
Aparecida de Goiânia, onde cumpria pena por tráfico e homicídio, entre outros
crimes.

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta
segunda-feira (8), a delegada Myrian Vidal, titular da Delegacia de
Repressão ao Crime Organizado (Draco), disse que a polícia tem elementos
probatórios de que o preso teria pagado R$ 100 mil para que sua fuga fosse
facilitada. “Ainda não sabemos quem foi que recebeu esse dinheiro, mas estamos
investigando e esperamos esclarecer esse fato o mais rápido possível”, contou.

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A fuga de Stephan gerou o afastamento de três servidores do
sistema prisional. Ele responde por homicídio, roubo, porte ilegal de arma e
munição de uso restrito, associação criminosa, tráfico de drogas e associação
criminosa. Segundo a delegada, o foragido não ofereceu resistência durante a
prisão no Rio de Janeiro, onde vivia em um apartamento de luxo com a esposa.

No local, a polícia encontrou anotações que reforçam os
indícios de que BH continuava mantendo a atividade de tráfico de drogas. “Esse
caderno continha anotações de valores vultuosos e nomes de traficantes goianos
já investigados pela polícia”, disse a delegada, que contou com o apoio da
Polícia Civil do Rio de Janeiro na recaptura do foragido. “Ele nega a
participação em facção, mas o carro que ele utilizava lá está no nome da mulher
de um traficante que integra a organização”, apontou Myrian. 

Foto: Reprodução/Polícia Civil

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