Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Simulador passa a ser obrigatório

Candidatos que abrirem processo essa semana já terão que usar o aparelho. No Estado, há em média 30 equipamentos

Postado em: 09-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Candidatos que abrirem processo essa semana já terão que usar o aparelho. No Estado, há em média 30 equipamentos

Wilton Morais*


O Departamento Estadual de Trânsito (Detran/GO) informou que a partir desta semana já é obrigatório o  uso do simulador de direção veicular nos Centro de Formação de Condutores (CFC’s), para os candidatos que irão abrir o processo na categoria B – para carro. A decisão acontece após o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) ter entrado com recurso que derrubou uma liminar do Centro de Formação de Condutores (CFC’s), que permitia no Estado, o não uso do simulador.

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Devida à mudança, os candidatos que forem tirar a primeira habilitação terão que fazer cinco horas aulas no simulador, sendo uma dessas horas com conteúdo noturno. As demais horas exigidas para a realização do exame serão 20 horas em um carro, sendo dessas quatro horas no período noturno. Ao todo são exigidas 25 horas de aula, com o carro e o simulador. 

De acordo com o Detran, o motorista que já possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e que portanto vão adicionar a categoria B, terão que fazer 20 horas de aula, sendo cinco horas no simulador. No equipamento, os alunos passarão por situações reproduzidas como ultrapassagem, mudança de faixa, direção com chuva e manobra em marcha à ré.

O Presidente da Associação dos Centros de Formação de Condutores de Goiás (Ascefego), Jader Neves esclareceu ao O Hoje que atualmente há em Goiás cerca de 30 simuladores. “Há algumas empresas que estão negociando para locar o restante dos equipamentos. Dessa maneira, todos os candidatos que abrirem o processo hoje deverão usar o simulador”, considerou. 

Para garantir o uso a todos os candidatos, Jader informou que os CFC’s irão utilizar um sistema de comodato, para garantir os processos. “Uma empresa entra com o equipamento, e a gente paga elas por hora aula. Esse equipamento é muito caro, com custo de R$ 40 a R$ 50 mil. Dessa forma não podemos comprá-lo, pois o Denatran pode mudar o posicionamento e não teríamos o que fazer com o equipamento, sendo assim as empresas locam o aparelho como é feito em São Paulo e em outros Estados”, explicou. 


Cada processo para tirar carteira de motorista deve aumentar em R$ 350 

Para os alunos, a Ascefego esclarece que o aumento no processo deve ser de até R$ 350, para as cinco aulas do simulador. “Esse preço é por causa do fornecimento do aparelho, que será pago pelas autoescolas por hora aula. E, além disso, teremos que climatizar todo o ambiente para colocar o aparelho, contratar um instrutor para dar as aulas”, ponderou Jader.

Conforme o presidente da Ascefego, em Goiás, não há possibilidades dos CFC’s entrarem com novos recursos, contra a decisão. “Infelizmente isso seria adiar o problema. Já era para termos implantado o sistema. A decisão agora não pegou as autoescolas desprevenidas, porque elas trabalharam em prol de se adaptarem com o simulador”, avaliou o presidente.

Para os CFC’s, a mudança ainda permite em média de 30 dias até o uso do aparelho, em vista que os alunos que abrirem o processo nessa semana em diante, terão que realizar etapas desde a aplicação psicológica e teórica exigidas no processo. 

Para Jander, o uso do simulador é positivo para os candidatos que nunca dirigiram. “Para os candidatos que já dirigem, não será algo tão útil. Mas para aqueles que estão começando agora, e não sabem nem onde é o pedal de freio e acelerador, isso será ótimo e viável”, disse. (Wilton Morais é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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