Câmeras de segurança resistem ao vandalismo

Equipamentos de vigilância sobrevivem à criminalidade. Câmeras auxiliam no combate à criminalidade

Postado em: 10-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Equipamentos de vigilância sobrevivem à criminalidade. Câmeras auxiliam no combate à criminalidade

Marcus Vinícius Beck*

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As câmeras de videomonitoramento, que vigiam Goiânia desde meados do ano passado, resistem ao vandalismo. Dos 165 equipamentos instalados, todos estão funcionando. Nenhum deles chegou sequer a parar por conta dos atos criminosos, que assolam a capital e geram preocupação na população. Nos bairros em que a maior incidência de crimes, o sistema de vigilância perdura, e não apresenta sinais de que deixará de funcionar nos próximos dias. Entretanto, a medida causou desconforto em determinados segmentos da sociedade, que enxergavam as câmeras como uma forma de “big brother”.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) disse que todas as câmeras de sistema de vigilância da Capital “estão em perfeito funcionamento”. Questionada pela reportagem acerca dos critérios de escolha dos locais em que os equipamentos foram instalados, a pasta declarou que “os locais de instalação foram definidos após intenso estudo”. De acordo com a SSPAP, responsável pela instalação das câmeras juntamente com a Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transporte (SMT), as áreas em que há grande concentração de “indicadores criminais” sairam na frente, e os resultados estão longe de serem insatisfatórios.

Mas o sistema de vigilância já foi alvo de polêmica. Principalmente no trânsito. Um deputado estadual chegou a entrar com pedido ao Ministério Público (MP-GO) para que as instalações das câmeras de videomonitoramento do trânsito nas imediações do Parque Vaca Brava fossem revistas, pois os equipamentos seriam responsáveis por invadir a privacidade da “família goianiense”. Em contrapartida, a Prefeitura afirmava que a intenção era usá-los para fiscalizar as imediações do Parque, no Setor Bueno, cujo índice de multas de trânsito e registro de casos de roubo é alto, chegando a 3,5 mil multas de trânsito em cinco meses. 

Enquanto isso, em Brasília, a 200 quilômetros de Goiânia, uma parcela pequena das câmeras está funcionando. Isso porque os vândalos trataram de quebrá-las ou simplesmente de retirá-las dos locais públicos. De acordo com a SSP-DF, dos 453 equipamentos que integram o sistema de vigilância, apenas 70 funcionam. São quase 85% das câmeras desativadas. Mas também há indícios de que algumas delas não chegaram a ser ligadas, o que traduz a crise que perpassa a segurança pública em âmbito nacional.   

Desconfiança

Crítica do que se convencionou denominar de “big brother”, a estudante universitária Júlia Aguiar, 21, afirmou que a ideia de ser vigiada em determinadas localidades da Capital não é nada agradável. Segundo ela, que chegou a ser vítima de assalto algumas vezes, há outra saída para resolver o problema da segurança pública. “Parece o enredo do livro 1984 [do escritor inglês George Orwell]”, compara a estudante, arrebatando: “Mas o problema no sistema de segurança, mesmo com essas medidas, ainda perdura”. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Christhyan) 

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