Vítimas em Anápolis e Goiânia caem em golpe de falso consórcio
Ainda de acordo com a polícia civil, existem indícios da prática de pirâmide financeira
Por: Sabrina Vilela
Ao todo seis suspeitos foram presos, uma de Anápolis e outras cinco em Goiânia na última semana. Mas, segundo o delegado que está à frente das investigações, Guilherme Conde, ainda faltam cerca de 10 pessoas envolvidas ainda para serem presas. Ele afirma que o processo segue em fase de investigação e que após a divulgação as vítimas estão aparecendo aos poucos.
Um dos lesados, em vídeo divulgado pela Polícia Civil, mostra a casa simples, praticamente vazia porque teve que vender tudo o que tinha para conseguir ter dinheiro para o consórcio de um caminhão e um trator. Mas, a suposta empresa deu um novo prazo para a entrega, o que gerou revolta na vítima.
Investigadores do 7º Distrito Policial e 23º Distrito Policial de Goiânia, com apoio de diversas equipes da 1ª e 3ª Delegacias Regionais, que fizeram o cumprimento dos mandados de busca e apreensão dos seis envolvidos e também sete de busca e apreensão nas duas cidades. Os crimes são apontados como associação criminosa e estelionatos, por meio de falsos financiamentos e consórcios.
Ainda de acordo com a polícia civil, existem indícios da prática de pirâmide financeira. Segundo a PC, as empresas investigadas possuem ramificações em outras unidades da Federação, gerando suspeitas da existência de uma pirâmide financeira. O mandado contou também com a apreensão de três veículos de luxo, máquinas de cartão e uma grande quantidade de documentos. As empresas investigadas possuem ramificações em outras unidades da Federação, gerando suspeitas da existência de uma pirâmide financeira.
A apuração começou há cerca de seis meses e acredita-se que mais de 200 pessoas tenham sido vítimas. Até o momento 12 já foram intimadas para depoimento. A PC afirma que os envolvidos na empresa de consórcio criavam empresas financeiras falsas, de fachada, de forma a aliciar vítimas interessadas. A captação de pessoas ocorria por meio de redes sociais e era feita a solicitação de transferência de quantias às vítimas para que conseguissem o bem que queriam adquirir – entre eles carros, motos, casas, caminhões. Depois que o valor era repassado, os envolvidos inventam desculpas para atrasos ou informam o fechamento da empresa sem ressarcir.
Segundo o delegado Guilherme Conde, os suspeitos abriram as empresas com facilidade, mas com novos endereços para aplicar mais golpes. Durante as investigações foi constatado que os suspeitos festejaram a captação de R$2 milhões de supostos clientes. O delegado afirma que ainda está em busca de mais vítimas do golpe.
Conde destaca que para evitar cair nesse tipo de golpe o ideal é recorrer à financeiras que tenham consolidação no mercado e que sejam de confiança. Também desconfiar de atrasos na entrega do bem e , neste caso, acionar a polícia em caso de suspeita.