Polícia Civil desarticula quadrilha responsável por furto de R$ 22 mil

O grupo atuava em postos de Goiás. De acordo com as investigações, o empresário convencia os motoristas a cometer os crimes

Postado em: 11-01-2018 às 09h00
Por: Sheyla Sousa
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O grupo atuava em postos de Goiás. De acordo com as investigações, o empresário convencia os motoristas a cometer os crimes

O dono de uma rede de postos e mais 11 pessoas foram presos pela Polícia Civil ontem suspeitos de furtarem R$ 22 milhões em combustíveis em Goiás. As prisões fazem parte da segunda etapa da Operação Líquido Dourado.  O empresário José Leonardo Ferreira Borges, dono de postos de combustíveis em Caçu, Caldas Novas e Senador Canedo, é apontado como líder de uma associação criminosa, da qual integravam sua esposa, Nara Cândida, e o enteado Augusto Godói – proprietário de um posto em Caldas Novas.

De acordo com as investigações, o empresário convencia os motoristas a cometer os crimes. Em seguida, o produto era levado para abastecer os postos de José Leonardo. Os condutores recebiam até R$ 15 mil por cada fraude. Segundo a polícia, eles bloqueavam os rastreadores. Os suspeitos presos nesta quarta-feira são de Senador Canedo, Caldas Novas, Bela Vista de Goiás e Rio Verde. Um homem ainda está foragido. 

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“O combustível roubado era vendido normalmente para o consumidor. O lucro dos suspeitos era imenso”, afirma o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas, delegado Alexandre Bruno. O delegado acrescenta que o José Leonardo, a esposa e o enteado também revendiam o combustível roubado para outros receptadores.

Segundo a polícia, o empresário e família ostentavam uma vida de luxo, com um patrimônio de R$ 3,5 milhões. “Vamos pedir o bloqueio dos bens. São imóveis de alto valor e carros importados”, explica o delegado Alexandre Bruno.

As investigações tiveram início no ano passado. Após receber informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de que 51 ocorrências de roubo de carretas carregadas com combustíveis tinham muitas semelhanças, a Decar começou a apurar os casos. À época, 15 pessoas foram presas.  

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