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segunda-feira, 18 de novembro de 2024
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Centro-Oeste foi a segunda região que mais cresceu

Agro foi o principal agente que impulsionou a economia.

Postado em 3 de setembro de 2022 por Redação

A economia do Centro-Oeste continuou em trajetória de crescimento no segundo trimestre do ano. Com exceção do Sudeste, todas as regiões apresentaram um crescimento econômico. O IBCR da região apresentou alta de 2% se comparado ao trimestre anterior, quando cresceu 1,1%. De acordo com o BC, os destaques da região são para o comércio, a agricultura, a construção civil e os serviços às famílias. A avaliação é do Banco Central (BC) e consta do Boletim Regional, publicação trimestral que apresenta as condições da economia por regiões e por alguns estados do país.

A estabilidade do Sudeste, no segundo trimestre, ocorreu devido ao recuo dos serviços financeiros e ao arrefecimento da expansão do comércio. Por outro lado, nacionalmente, o crescimento foi mais disseminado do que no primeiro trimestre com expansões significativas em outras regiões.

Segundo o boletim, a economia do Sudeste perdeu ritmo no segundo trimestre, com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) variando negativamente em 0,1% no trimestre, em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,6%). O BC informou, também, que o resultado foi influenciado pelo desempenho de São Paulo, que teve queda de 0,5%. Os demais estados do Sudeste apresentaram avanço, com destaque para Minas Gerais, com alta de 1,5% na atividade. No acumulado em 12 meses até junho, a economia da região registrou incremento de 2,6%.

“O aumento das vendas do comércio desacelerou para 0,2% no segundo trimestre em relação ao anterior, quando havia crescido 1,5%. Houve avanço em cinco dos dez segmentos pesquisados, com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, além de combustíveis. Em sentido oposto, setores mais sensíveis ao crédito e à elevação da taxa de juros, como os de material de construção, veículos, motocicletas, partes e peças e móveis e eletrodomésticos, apresentaram retração”, explicou o boletim.

De acordo com o BC, o setor de serviços continuou o processo de retomada pós-pandemia, com avanço em todos os segmentos, especialmente o de serviços prestados às famílias. “Nesse sentido, o volume de serviços não financeiros apresentou expansão de 2% no segundo trimestre, mantendo o bom desempenho observado nos três meses anteriores (1,8%) e superando o nível pré-pandemia”, observou.

A avaliação do Banco Central é que as políticas temporárias de apoio à renda e os auxílios dados pelo governo federal à população, tendem a favorecer a expansão no consumo das famílias, com impactos positivos no comércio e no setor de serviços. Por outro lado, “a indústria ainda deve repercutir as dificuldades nas cadeias de suprimento de insumos e a elevação dos custos de produção”.

Recuperação no Sul

No Sul do país, onde sobressaiu o desempenho de comércio e serviços, houve recuperação da queda acentuada observada no trimestre anterior, relacionada à quebra das safras de soja e milho. Segundo o BC, além do final da apropriação das safras de verão, houve retomada mais intensa no comércio, na construção e em segmentos da prestação de serviços, sobretudo às famílias, e discreta ampliação da produção industrial.

O IBCR da região aponta que a economia do Sul cresceu 2,8% no segundo trimestre em relação ao anterior (-2,9%). Em 12 meses, é a que apresenta a menor expansão dentre as regiões (1%), influenciada pelos resultados modestos da agricultura e da indústria.

Já o IBCR da região Norte variou 1,5% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, influenciado pela expansão do setor de serviços. O destaque é o Pará que cresceu 1,9% na mesma base de comparação, impulsionado pela construção e por serviços às empresas, enquanto o indicador do Amazonas expandiu 1,7%, puxado por serviços às famílias e alojamento e alimentação. Em 12 meses, o indicador de atividade da região acumulou crescimento de 1,7%.

No caso do Nordeste, houve expansão de 1% no IBCR da região no segundo trimestre de 2022, refletindo a continuidade da retomada do setor de serviços, além do desempenho favorável da agropecuária e da construção civil.

“No mesmo sentido, a indústria de transformação acumula expansão significativa, com três trimestres seguidos de alta, impulsionada principalmente pelo setor de derivados de petróleo. A ocupação segue em elevação no mercado de trabalho formal e informal, mas a recuperação dos rendimentos tem sido mais lenta que a média nacional”, explica o boletim. Em doze meses até junho, o indicador de atividade do Nordeste acumulou alta de 3,5%. (ABr)

Pequenos negócios geram 70% das novas vagas de empregos em julho

As micro e pequenas empresas foram responsáveis por sete em cada dez vagas de trabalho formais criadas em julho deste ano, mantendo o ritmo de geração de empregos registrado nos seis primeiros meses do ano.

O levantamento foi realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.

Os pequenos negócios apresentaram um saldo positivo de 176,8 mil novas contratações, contra um saldo de 50,6 mil postos de trabalho das médias e grandes, o que corresponde a 70,2%. De acordo com o Sebrae, a média mensal de empregos gerados pelos pequenos negócios, desde o início do ano, se mantém superior a 160 mil.

No acumulado de 2022, o Brasil já supera a marca de 1,5 milhão de empregos gerados, sendo as micro e pequenas empresas responsáveis por 1,1 milhão (72% do total). Por sua vez, as médias e grandes criaram 327,2 mil vagas (21%).

“Assim como já havia sido registrado em maio e junho, todos os setores, em todos os portes, apresentaram saldos de contratações positivos no mês de julho. Entre as micro e pequenas empresas, os três setores que mais geraram empregos se mantêm: serviços (61.996), comércio (34.469) e construção (30.661)”, diz o Sebrae, em nota.

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