Maternidade Nossa Senhora de Lourdes eleva taxa de partos normais

Cumprindo o papel de assistir as gestantes, parturientes e puérperas, os enfermeiros obstétricos, uma especialidade profissional muito conhecida no mundo, tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil

Postado em: 15-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Cumprindo o papel de assistir as gestantes, parturientes e puérperas, os enfermeiros obstétricos, uma especialidade profissional muito conhecida no mundo, tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil

Um turbilhão de emoções, como medo e insegurança, toma conta da cabeça de uma gestante no momento do parto, indicando a necessidade de apoio e cuidado especial. O suporte emocional de um profissional de saúde antes e no parto é determinante para que a experiência seja positiva e ocorra da maneira mais natural possível, como indica a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Política Nacional de Humanização (PNH).

Cumprindo o papel de assistir as gestantes, parturientes e puérperas, os enfermeiros obstétricos, uma especialidade profissional muito conhecida no mundo, tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil, pelo fato de trabalhar com foco em uma boa evolução do parto, a fim de incentivar que as mulheres deem a luz sem intervenção cirúrgica.

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Na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), o serviço foi implantado no primeiro semestre de 2017 e já repercute positivamente. Segundo dados do setor de Qualidade da Maternidade, o número de partos normais realizados entre março e outubro de 2017 – período em que houve a atuação dos enfermeiros obstétricos – aumentou em 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Durante os oito meses, 1.248 partos normais foram realizados.

“É muito importante o suporte que esses profissionais oferecem às mulheres durante o processo do parto, mostrando-se próximos, preocupados e dispostos a cuidar e escutar a parturiente para a criação de laços de confiança e afeição. Isso resulta em maior facilidade na evolução do parto e redução de cesarianas desnecessárias, o que podemos confirmar com as taxas, que apontam o aumento de partos normais, conforme indica o Sistema Único de Saúde”, destaca a diretora operacional da MNSL, Ana Maria Caribé da S. Mello.

O resultado da implementação da Enfermagem Obstétrica na Maternidade não é medido apenas em números, mas também está associado à segurança e satisfação da parturiente. “O acompanhamento e a dedicação que recebi dos enfermeiros obstetras foi muito importante pra mim. Essa foi minha segunda gestação e como a primeira foi de gêmeos, o parto foi cesárea. Por isso, pensei que não conseguiria dar à luz sem cirurgia, mas consegui porque eles me incentivaram e me ajudaram até o fim”, relata Maria de Fátima Silva, que completa dizendo que a experiência do parto da filha caçula, que ocorreu em 18 julho deste ano, foi muito melhor do que a de sua primeira gravidez.

Enfoque

Além do conhecimento adquirido na especialização, a diferença entre um enfermeiro obstetra e um generalista está no olhar focado na paciente que se prepara para dar a luz. De acordo a gerente Rosa Bellucci, o enfermeiro assistencialista cuida do paciente voltado à prescrição médica, além de ter outros afazeres burocráticos, já o enfermeiro obstetra concentra-se em ajudar no momento da dor e ajudar no trabalho de parto, além de ser habilitado para examinar a gestante, verificar contrações, dilatações e demais alterações no funcionamento do organismo feminino no momento do parto. 

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