Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Pai de santo é acusado de estuprar menina de 11 anos e assediar sobrinha em Cidade Ocidental

Segundo a denúncia, Antônio praticou os crimes sob alegação de que se tratava de um sacrifício espiritual

Postado em: 19-09-2022 às 10h42
Por: Rodrigo Melo
Imagem Ilustrando a Notícia: Pai de santo é acusado de estuprar menina de 11 anos e assediar sobrinha em Cidade Ocidental
Segundo a denúncia, Antônio praticou os crimes sob alegação de que se tratava de um sacrifício espiritual | Foto: Reprodução/Pexels

Antônio Roberto da Silva Nascimento, de 42 anos, foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) pelo estupro de uma menina de 11 anos. O pai de santo ainda é acusado de importunação sexual da própria sobrinha de 15. Segundo o MPGO, os dois crimes ocorreram quando atuava no terreiro religioso Illê Axé Catumbensimbe, em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal.

De acordo com a denúncia, entre abril e novembro de 2021, Antônio praticou o estupro quatro vezes com a menina de 11 anos que ele conheceu no próprio terreiro sob alegação de que se tratava de um sacrifício espiritual. Para impedir que ela contasse, o homem ameaçava matar a todos familiares da vítima, inclusive a mãe.

No caso da adolescente de 15 anos, que é sobrinha do denunciado, os assédios aconteciam em um quarto nas dependências do centro religioso. Para ela, Antônio Roberto também dizia que os atos faziam parte de sacrifício espiritual, além de manter as ameaças à família caso os fatos viessem a público.

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Indenização

O MP pede a fixação de indenização pelos danos morais sofridos pelas vítimas, no valor mínimo de R$ 10 mil a cada uma. O promotor de Justiça Rodrigo Martins da Costa, que assina a denúncia, entendeu que, neste momento, as medidas cautelares são suficientes para resguardar as vítimas.

Sendo assim, o MP indicou o comparecimento mensal em juízo, sem possibilidade de acesso ao Centro Religioso Illê Axé Catumbensimbe. Também que ele seja proibido de manter contato com as vítimas e seus familiares e não possa se ausentar da comarca sem autorização da autoridade judiciária.

Para garantir a eficiência das medidas, o MP pede que uma cópia da decisão judicial, quando proferida, seja encaminhada ao comandante da Polícia Militar para que auxilie na fiscalização, sob risco de omissão, comunicando imediatamente eventual descumprimento ao juízo.

A Polícia Militar de Goiás foi procurada pelo jornal O Hoje para saber se Antônio foi preso, mas até o fechamento dessa matéria não houve reposta. Fica aberto o espaço para esclarecimentos.

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